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j e s s y

Escuto um fungado ao abrir os olhos e meus olhos queimam ao ver a claridade. Eu estaria num hospital?

— Hunter? — Digo ao olhar pro lado vendo ele com os olhos vermelhos. — O que está acontecendo? — Um sorriso surge nos lábios do garoto.

— Depois de um mês, você finalmente acordou. — Fala sorrindo. Um mês? Eu dormi tanto assim?

Um médico entra no quarto e Hunter é obrigado a se retirar. O médico faz alguns exames em mim e diz que eu preciso ficar sobre supervisão apenas mais algumas horas, depois, eu poderia ir pra casa.

Hunter novamente entra no quarto, ele possuía olheiras, mas também, um sorriso no rosto ao me ver.

— Você não deve está entendendo nada né? — Concordo. — A um mês atras eu e você tivemos uma discursão , se lembra disso? — Concordo novamente. — Então, você correu atras de mim, mas foi atropelada por um carro. O impacto foi muito grande e você acabou batendo a cabeça, o que fez você entrar em um coma, que durou um mês. Esse foi o pior mês da minha vida, eu chorava todas as noites só em pensar na possibilidade de nunca mais ter você. — Sorri triste.

— Você quer me escutar agora? — Pergunto olhando para o menino que ri.

— Não precisa, eu sei que você não fez isso de propósito. Eu só estava sem acreditar no que estava acontecendo. Sério, me desculpa mesmo. — Responde e abaixa o olhar para o chão.

— Você não precisa se desculpar, não foi sua culpa. — Digo e dou uma pausa. — Eu estava sentada com Breanna e o Ricardo disse que precisava falar comigo. Eu fiquei confusa, porque eu não tinha o que falar com ele, mas fui. Ele começou a falar umas coisas sem sentido e me beijou. Eu juro Hunter, juro que eu empurrei ele o mais rápido que eu consegui. Eu não amo ele, eu não amo ninguém como eu amo você. — Falo sincera olhando para o garoto a minha frente. — Estamos namorando ainda? — Suspiro com um sorriso triste.

— Você quer? — Ele pergunta levantando seu olhar pra mim.

— Eu quero, você quer? — Respondo e vejo ele sorri.

— Quero.

Hunter se levanta indo em direção da cama delicadamente, tomando todo cuidado pra não me machucar, e me dá um beijo. Calmo, mas um beijo muito bom, eu mesmo sem perceber, senti falta disso.

{dois dias depois}

Hoje finalmente o médico disse que eu já posso ir embora, mas deveria tomar cuidado, se eu sentir algumas dor de cabeças constantes, deveria voltar ao medico.

O celular de Hunter apita e ele diz que meu pai está nos esperando lá em casa, vejo que Hunter estava com um sorriso no rosto após ler a mensagem. Suspeito, muito suspeito.

Ele chama um táxi e pede para ir nos deixar na minha casa. Encosto minha cabeça no vidro do carro e começo a imaginar algumas coisas.

Será que alguma coisa mudou? Será que eles ainda lembram de mim? Perguntas e mais perguntas surgiam na minha mente a cada metro que o carro andava.

O carro para em frente à minha casa. Descemos e Hunter paga o táxi, se despedindo logo depois. Ele abre a porta e estava tudo escuro. Estava faltando luz aqui em casa?

Caminho em direção a sala e Hunter me segue, ainda sorrindo. Chego lá e ligo a luz. Tomo um susto ao ver meus amigos e família levantando e gritando um "Bem vinda de volta, Jessy!"

Mesmo sem perceber, meus olhos começam a lacrimejar e um sorriso bobo surge nos meus lábios.

Ando em direção a cada uma das pessoas e sou um abraço em cada uma delas. Se esse não è o melhor jeito de ser recebida em casa, eu não sei qual è.

Converso com todos eles que sempre perguntavam se eu estava bem ou coisas assim. Eu e as meninas começamos a por todos os assuntos em dia, muita coisa aconteceu enquanto eu estava em coma.

Depois todos foram embora, e eu fiquei conversando com meus pais durante assuntos diversos, eles me faziam rir muito, e sempre me diziam que sentiram minha falta, tenho certeza que se estivesse consciente, sentiria a deles também.

Subo para meu quarto e tomo banho, me deitando na cama logo em seguida. Olho minhas redes sociais que estavam cheio de mensagens carinhosas e com muitas notificações, mais que o normal.

now or never ✷ hunter rowlandOnde histórias criam vida. Descubra agora