Caminhos

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Maluma

Eu estava correndo pelo quarteirão com Bonny e Clyde, tentando gastar minhas energias eu estava cada vez mais sozinho e só queria chegar a casa e adormecer. Quanto mais eu corria mais eu sentia que estava a caminho da casa de Titi. Por que tudo que era proibido era mais gostoso? No nosso começo foi o mesmo, eu queria ela pelo simples fato de não poder ter, mas agora era um pouco diferente, se caso voltássemos a nos encontrar corria o risco dela ir embora e não voltar mais. Eu sabia o quanto ela amava o Brasil, se a proposta de Otavio fosse realmente boa e do jeito que eu estava vacilando ela iria embora com certeza. Não queria arriscar só eu sabia como era dolorosa viver longe dela. Eu estou correndo, mas quando me dou de conta uma voz me chama:

-Ei cabron!- olho para o lado e vejo que estou na frente da casa de Tieta e quem me chamou foi Jonas. Eu tiro os meus fones de ouvido e me pergunto que diabos ele estava fazendo ali.

- Jonas?! Que passo?

- Como esta?

-Bem, o que você esta fazendo aqui?- tenho impressão que fui meio ríspido nem perguntei se ele estava bem, que se foda não estava gostando disso.

Tieta

Eu me olho no espelho, toda arrumada com uma roupa rosa cabelos soltou bem maquiada, mas algo me desagradava.

- Vamos lá Tieta, você consegue. - disse a mim mesma na frente do espelho.

Mas as lembranças do beijo do Juan estavam gravadas em mim eu não poderia sair com Jonas, sendo que meu corpo e meus pensamentos pediam por Juan Luis. Eu desisto não vou sair com ele prefiro ficar em casa ou sair com Leo do que bancar a esse papel. Eu desço as escadas decidida não ia sair com Jonas, caminho até a rua sabia que ela já estava me esperando, porem quando abro a porta dou de cara com Juan com Bonny e Clyde e Jonas rindo igual ao um sonso. Eu olho para Juan que nesses últimos tempos só sabia ter duas expressões a de entediado e a de bravo, para não ficar pior do que já estava vou e comprimento Jonas com um beijo no rosto nesta hora sinto os latidos de Clyde para ele, eu sabia que Clyde era mais apegado a mim do que a Juan, mas ele não fazia nada para o cachorro parar parecia que estava gostando da situação.

-Clyde já chega. - eu grito e de imediato ele para de latir e choraminga para mim. Eu não resisto e me abaixo fazendo carinho nos dois.

- Que saudades desses dois bebes.

Clyde parecia mais do que feliz com meus carinhos e Bonny estava de aproximando, eu amava aqueles cachorros. Eu olho para cima e Juan esta quase abrindo um sorriso porque Clyde fez cosquinha no meu pescoço, porem foi por segundos, Jonas começa a falar e foi o suficiente para ele fechar a cara outra vez.

- Parece que seu cachorro gosta mesmo de Tieta.- diz Jonas.

- Eles sempre foram mancinhos comigo.

- Vem vamos, Bonny e Clyde, eles tem um encontro não podemos atrapalhar.

-Espera Juan me deixa brincar mais com eles.- nos fitamos, mas ele esta convencido que eu ia realmente sair com Jonas.

- Não, eu tenho que ir.

Assim ele atiça os cachorros para correr e vai em direção a sua casa.

- Vamos, minha linda?- eu fiquei distraída vendo Juan correndo em direção a sua casa que esqueci dele ali.

- Desculpe, não da, vamos poder sair eu tenho uma aula de emergência espero que entenda.

- Como assim? Mas eu marquei reserva em um dos restaurantes mais caros de Medellín.

- Eu sinto muito mesmo, desculpa. - que homem bem arrogante meu deus.

- Saia comigo e não vai precisar mais dar essas aulinhas de merda.

- O que você disse?- eu não acredito que ele ofendeu minha profissão.

- Isso mesmo, eu sou um dos maiores produtores, fica comigo que dinheiro e fama não vai te faltar.

Eu nem senti, só vi quando eu já tinha dado um tapa na cara daquele imbecil.

- Nunca mais você fala do meu emprego, e saiba que não preciso de você nem do seu dinheiro.

Eu entro brava dentro de casa deixando ele na rua a resmungar coisas como " se você não quer tem quem queira", homem ridículo. Subo para o quarto e me atiro na cama, eu sabia que meu pai não queria mais eu perto de Juan, só que eu não conseguia tirar ele dos meus pensamentos, nessa hora senti meu orgulho indo por água a baixo foda-se tudo eu amava esse homem.

Maluma

Entro correndo dentro de casa, nem vejo se tem alguém ou não já vou tirando minha roupa, queria tomar um banho frio parar tirar essa raiva que estava me corroendo. Ela não podia ter me esquecido tão rápido, ligo o chuveiro e a água gelada cai sob minha pele. Queria poder voltar no tempo e nunca ter magoado ela, ter sido compreensivo, mas não eu tinha que estragar tudo.

Nem armas eu tinha para lutar contra tudo isso, não podia imaginar ela morando em outro pais, longe mim. Mesmo brigados poderia a observar de longe, não tinha escolha ou eu a esquecia ou vivia assim.


Ensinando a AmarOnde histórias criam vida. Descubra agora