Ensinando a Amar

Amar é proibido.

Lá estava eu em mais um dia na Royant, fiz duas entrevistas e verifiquei algumas questões da minha nova turnê, eu estava na minha sala quando Otavio entra com alguns papeis.

-Esta ocupado agora?

-Não, pode entrar.

-Esta aqui as novas fotos para a nova linha de roupas- eu olho as fotos e estão realmente muito boas.

-Sim, estão ótimas.- ele me olha uns instantes e senta-se a minha frente, eu já esperava a conversa dele pra cima de mim defendendo a filha, mas eu gostava muito de otavio ele é como um tio pra mm.

-Pode falar, quer puxar as minhas orelhas.

-Não quero brigar Juan, só quero te fazer um pedido.

-Claro o que quiser. - eu digo rindo para ele.

-Se por algum acaso você quiser tentar voltar com Tieta eu te peço só uma coisa: desista. Eu não vou mais aceitar nenhuma relação entre vocês dois, nem mesmo amizade. Eu tenho uma proposta para ela morar de vez no Brasil, mas não mostrei a ela ainda, só não vou mostrar se você ficar longe dela.

Quando ele fala isso meu coração se entristece, ele tinha muita influencia sobre ela, se ele quisesse ela ia embora mesmo, eu sinceramente preferia estar brigado com ela próxima mim do que ela longe, Otavio me deixou de mãos atadas.

-Mas somos adultos, não sei por que isso agora?-

-Porque minha filha se machucou muito.

-Pode deixar, eu não vou tocar nela.

-Ótimo, obrigado por me entender, você sabe que não quero causar mais danos.

-Eu sei. Bom eu tenho que ir para casa.

Eu saio da Royant e vou direto para minha casa absorver que não poderia mas ter ela.

Tieta

Eu estou em casa fazendo o jantar quando meu pai entra na cozinha todo sorridente como sempre.

-Como foi a aula hoje filha?

-Boa tenho um trabalho e duas provas para semana que vem, mal posso esperar.

-Como você gosta tanto de estudar?- diz Carlos passando pela cozinha e nos fazendo rir.- é o que eu gosto de fazer do mesmo jeito que você faz musicas.

Ele pega uma maça me da um beijo na testa e sai indo para seu estúdio onde ele passava a maior parte do tempo.

-E o trabalho pai como foi?

Muito bom, eu conversei com Juan hoje alias. - meu coração gela quando ele fala o nome dele.

-É mesmo.

-Eu preciso te falar filha se vocês voltarem, eu não vou aceitar. Eu sei que vida é sua, mas não quero vocês dois andando junto.

-Eu entendo sua preocupação, mas pode ficar tranquilo, não tenho a intenção de tentar algo.

-Mas eu vi o jeito que vocês se olham, ainda tem algo. Mas eu lhe aconselho que melhor deixar assim, eu também nunca tive sorte no amor mas em compensação muita no trabalho.

Eu vou até ele e lhe dou um abraço, eu entendi o porque dele, e não ia ir contra ele é meu pai e só quer me proteger.

Eu sei que você só quer me proteger, mas não precisa de preocupar.

Depois que jantei eu subo para meu quarto e encontro meu gato deitado na sua caminha eu pego ele no colo e fico pensando nas palavras do meu pai. Eu não pretendia voltar para o Juan, mas me preocupou saber que ele não quer nos dois juntos, uma voz lá dentro de mim me dizia que era errado ficar longe dele, mas minha razão ainda era muito forte, era melhor assim.