Capitulo 2 - É você?

603 45 18
                                    

           

Aquilo só podia ser mentira. Não era possível, disso tinha certeza. Mas agora tudo era possível de acontecer.

- Chloe?

Era Chloe Price, sua falecida melhor amiga. Mas como? Como ela ainda estava viva? Como podia ver ela?

- Vem Max, isso é bem legal — disse Chloe, chamando Max. Não era possível. Max bateu a porta do seu quarto com força e trancou a porta.

- Mas... Como? — perguntou Max, incrédula. Aquilo era... Impossível de acontecer.

- Max! — Chloe saltou da cama e pulou em Max. Mas, simplesmente não houve nenhum impacto, apenas sentia os braços de Chloe nela — Então Max, o que achou?

- Isso é impossível — disse Max. Primeiro os seus poderes voltaram, agora Chloe? Isso só poderia ser um sonho ou desmaiou depois do susto do Warren.

- Isso não pode estar acontecendo — disse Max, se afastando — Como você está aqui?

- Não sei — disse Chloe, sentando-se na cama — Antes que eu percebesse, eu estava aqui. Eu sabia que você estava no refeitório dessa escola velha e segui para lá. Você me viu e comecei uma corrida com você. Eu venci. E olha, nem mesmo estou cansada.

Max estava ofegante por ter corrido. Como Chloe não estava cansada? Ou melhor, como Chloe estava ali?

- E o melhor de tudo — continuou Chloe — Ninguém me vê, apenas você. Posso correr por ai e ninguém me vê. Até mesmo brinquei com meu padrasto e desliguei as câmeras sem que ele visse. Isso é perfeito.

Então ela era algum tipo de fantasma?

- Chloe, para — disse Max — Você sabe como morreu?

- Tenho suas lembranças, Max — disse Chloe — Eu sei de tudo o que aconteceu há dois anos, e não é legal saber que levei dois tiros de Nathan Prescott, um antes e um no final para parar aquela tempestade. Mas agora estou aqui, e sei de tudo — Chloe se aproximou de Max — Como conseguiu namorar uma garota extremamente católica?

Max ficou vermelha. Se ela sabia de tudo, então deve se lembrar do que aconteceu antes da tempestade.

- E também sei no que você está pensando — disse Chloe, lendo os pensamentos de Max — E meu Deus, foi só um beijo entre nós. Não é como se tivesse acontecido alguma coisa entre a gente. E foi bem molhado, por causa da chuva. Mas enfim, como conseguiu ficar com uma garota católica?

- Se você sabe o que aconteceu e das minhas memórias, sabe o que aconteceu — disse Max.

- Mas não consigo entender — disse Chloe — Você ficou deprimida pelo fato de eu ter morrido; então como você ajudou a Kate a superar aquele vídeo viral dela, ela decidiu te ajudar a sair da depressão. Depois vocês ficaram amigas intimas e, três meses antes das férias desse ano, numa tarde, se beijaram e começaram a namorar.

- Belo resumo — disse Max, deitando na cama. Ouvir a própria história era um pouco constrangedor.

- Mas não vejo, sabe, sentido — disse Chloe — Dormem juntas, mas não fazem nada demais. Se beijam, mas a outra tem medo de vocês serem descobertas. Quando querem tocar no assunto, simplesmente ignoram. Ela é extremamente católica, mas insiste no namoro, mesmo sabendo do que pode acontecer. Esse relacionamento não tem base.

- E você sabe alguma coisa de relacionamentos? — perguntou Max.

- Não pude ter a chance — disse Chloe — Mas se eu tivesse viva e soubesse que você gosta de garotas, te daria uma chance.

Life Is Strange Part.IIOnde histórias criam vida. Descubra agora