Capítulo 10

1.1K 84 132
                                    

Música sugerida para este capítulo: Love on the weekend, John Mayer.

Boa leitura!

•••

Chegando em casa depois do expediente, abri a porta e joguei as chaves no aparador. Ascendi a luz e encontrei um pequeno buquê de girassol em cima  da mesa. Andei devagar até a mesa, peguei o buquê cuidadosamente e meu peito se encheu de alegria. O girei a procura de um cartão e encontrei um envelope branco no meio das flores. Coloquei o buquê de volta a mesa e puxei o envelope.
O abri e lá havia um cartão com letras garranchadas, mas charmosas:

Me desculpa por ser um merda.
Vamos tentar de novo?
H.

Joguei o cartão encima da mesa e revirei minha bolsa à procura do meu celular. Procurei o nome dele rapidamente pela minha lista de contatos e liguei.
Depois de dois toques, a voz rouca dele soou.

Eu estava esperando por sua ligação. Agora eu sei qual é a flor que te faz ligar pra mim. — riu nasalado do outro lado da linha, me fazendo sorrir.

— Como você entrou aqui?

Escada de incêndio. Conhece? — debochou, rindo — E você sempre deixa a porta da varanda aberta.

E de repente, a minha mente criou uma cena onde Harry olhava para todos os lados, certificando se não havia ninguém olhando. Enquanto subia a escada de incêndio, segurando um buquê de girassóis e logo depois entrando em casa.

Parecia até uma cena de filme.

Ri com a cena que criei, mas não comentei nada. Ele percebeu que eu não iria dizer nada e prosseguiu:

Escuta. Eu sei que esse não foi o melhor final de semana de todos.

— Não foi só esse final de semana. — pausei, procurando as palavras certas para dizer.

Eu estou ouvindo. — Harry disse, calmamente. Me encorajando para que eu continuasse a falar.

Respirei fundo e continuei:

— É ver você com ela. É tão difícil ver você com ela, Harry. — falei rapidamente, não acreditando no que eu tinha acabado de falar.

Tirei minha bolsa do ombro a joguei no sofá. Coloquei no viva voz para que eu pudesse tirar o meu casaco.

Kenny, nós precisamos de um tempo só nós dois.

Se o seu tom não tivesse saído tão sério, eu diria que isso era uma piada.

O próximo final de semana será nosso. Eu digo que tenho que trabalhar até tarde. Vai ser um tempo para ver onde isso vai dar sem ninguém por perto. O que você me diz?

Peguei o celular, tirei do viva voz e deitei no sofá. Colocando o celular na orelha.

Meu peito subia e descia rapidamente. Eu não conseguia conter o sorriso em meu rosto.
Eu não estava acreditando no que ele tinha acabado de dizer.

Minha boca abriu para responder no mesmo momento em que a porta se abriu num estrondo, me fazendo pular do sofá e encerrar a chamada assim que eu vi quem era.

Taylor.

Ela estava retirando o casaco e o jogando na poltrona.

Tratei de me apressar em pegar o envelope e o cartão encima da mesa e colocá-los no bolso traseiro da minha calça jeans.

Something Borrowed | hendallOnde histórias criam vida. Descubra agora