XVIII A - Raio de Sol

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Nunca duvide da capacidade de arrumar distrações para a cabeça vinda de adolescentes frustrados com a própria vida em uma segunda-feira

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Nunca duvide da capacidade de arrumar distrações para a cabeça vinda de adolescentes frustrados com a própria vida em uma segunda-feira.

— Eu estou exausta — disse Catarina enquanto abria um pacote de bolacha. — Não estou cansada. Mas sim, exausta. Não consigo dormir porque minha cabeça está toda pilhada com as provas, não tenho motivação para nada e qualquer pequena coisa me tira do sério. Sinto que se não esfriar a cabeça um pouco, vou entrar em combustão.

— Do que é que você tá reclamando? — Bernardo torceu o nariz. — Vocês ao menos não tem de se preocupar com vestibulares e não escutam a palavra Enem a cada duas sentenças.

Meu Raio de Sol estava especialmente bonito naquela manhã. Fazia um certo tempo que ele não cortava o cabelo e, por conta disso, os cachos estavam na altura do queixo. Em dias nublados, seus olhos tomavam para si um tom de verde mais fechado e mais parecido com uma grama saudável. Estava vestindo uma calça palha e um moletom que, provavelmente, cabia três Bernardos dentro e que me fez ter vontade de me enfiar nele também e ficar aconchegado perto daquele garoto magrelo..

— Todos nós estamos cansados — garantiu Lorena. — E é por isso que acho que deveríamos tirar o dia de folga e irmos à prainha.

Eu amava o fato dos meus amigos serem tão desprovidos de grana quanto eu e terem como melhor opção de um dia de folga ir ao Parque Ecológico da cidade, que era gratuíto.

A única coisa que não me agradava nesse plano, era que a prainha ficava lá onde Judas perdeu as botas.

— Lorena do céu, não tenho perna pra pedalar até lá não — disse Caroline, lendo meus pensamentos.

Uai, muié, é logo alí — falou Alice, deixando seu sotaque dar o ar da graça por alguns segundos.

Eu achava que ela deveria rever seus conceitos de "logo alí".

— Ai, gente, se formos pela pista chegamos lá rapidinho — garantiu Lorena, fazendo pouco caso da nossa preguiça.

Não acredito que seríamos capazes de arrumar uma desculpa para passar o convite dela. Quando Lorena colocava algo em mente, nada podia fazer com que ela mudasse de ideia. Era uma cabeça dura.

Manual (muito útil) de como sobreviver ao Ensino Médio - Segundo AnoOnde histórias criam vida. Descubra agora