XXV - Três é demais!

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Nunca fui o tipo de pessoa que acorda energizada pelas manhãs, pronta para derrotar o exército nazista em território Russo de biquíni ou dar bom dia para os vizinhos, fazia mais o tipo que odiava acordar cedo e que gostaria de bombardear a casa da...

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Nunca fui o tipo de pessoa que acorda energizada pelas manhãs, pronta para derrotar o exército nazista em território Russo de biquíni ou dar bom dia para os vizinhos, fazia mais o tipo que odiava acordar cedo e que gostaria de bombardear a casa daqueles que são felizes durante os períodos matutinos. Talvez, ter ficado acordada até às três da manhã para participar de uma vídeo chamada com a Alice e o Vinícius para comentarmos sobre um dorama que ela havia nos obrigado a assistir, não tenha ajudado meu humor.

Bocejei. Estava me empenhando ao máximo para manter os olhos abertos e não ceder à tentação de me deitar em um dos degraus da arquibancada onde estávamos sentadas naquela manhã.

— Por que ninguém quer assistir Senhor dos Anéis comigo? — Reclamou Carol, inconsolável.

— Porque é um porre — respondeu Maiara, levantando os olhos da tela do celular, sem a menor noção do perigo que estava correndo.

Algumas coisas no mundo simplesmente não fazem sentido. O Halls preto, é branco; o milho verde, é amarelo; a Caroline, uma garota descolada que bebe até esquecer o próprio nome e que tem Carpe Diem como lema, é apaixonada pela saga mais nerd do planeta, Senhor dos Anéis.

— Como é? — Disse ela, perplexa, os olhos, quase pretos, arregalados em choque. — Ele ganhou onze Oscars.

— Um porre premiado, então. — Lorena deu de ombros.

— Melhor Filme, Melhor Roteiro, Melhor Atuação... — Listou Caroline.

— Meu sonífero favorito — comentou Bianca.

Reprimi uma risada.

— Vocês são desprovidas de cultura — bufou Carol, ofendida.

Mesmo estando longe, avistei Alice cruzar o portão e suspirei enquanto meus lábios me traiam ao abrirem um sorrisinho involuntário. Ainda me impressionava como todos os dias pareciam ser a primeira vez que a estava vendo e como sempre acabava me apaixonando um pouquinho mais pelos olhos puxados, pelo sorriso tímido, pelas unhas azul turquesa, pelos passos apressados e pela sua teimosia em usar uma camiseta do The Antlers mesmo conhecendo apenas uma música da banda de indie rock americana.

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