II A - Esse lugar é como o Instituto William McKinley

626 80 169
                                    

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Nunca acreditei em amor à primeira vista

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Nunca acreditei em amor à primeira vista. Podia acreditar em ranço à primeira vista ou até mesmo em uma vontade-avassaladora-de-enfiar-a-língua-na-boca-da-outra-pessoa à primeira vista. Mas essa coisa de coração batendo mais rápido desde o primeiro encontro entre dois pares de olhos sempre me pareceu bobagem. Até me tornar mais uma vítima do lazarento do cupido vesgo, que só tem a função de transformar minha vida no circo de aberrações de American Horror Story.

Você já se sentiu como se apenas o olhar de uma alguém te tirasse do chão e te elevasse à sete pés de altura?

Bem, foi assim que me senti nessa manhã.

Durante o primeiro período, enquanto Pedro dava os toques finais no sabre de luz do seu desenho do Kylo Ren para a aula de artes, me sentei em cima da mesa ao seu lado e fiquei assistindo.

— Você vai jogar com a gente no sábado, né? — Perguntou Pedro. — Pelo amor de Deus, não nos deixe na mão.

— Ham — ponderei —, sim. É na quadra que tem na pracinha em frente a casa da Lorena, certo?

— Certo — confirmou sem tirar os olhos da folha. — Acha que as meninas vão se importar se eu convidar a Maiara e a Rosa para irem assistir o jogo?

Mas que escravoceta, pensei, ficou uma vez com a garota e já tá todo derretidinho.

Diante do meu silêncio, Pedro levantou a cabeça e me encontrou sorrindo de uma forma maliciosa.

— Conheço uma morena que não vai ficar muito feliz com isso — comentei. — Camila, é o nome dela.

Pedro disse algo sobre o seu relacionamento com a Camila não evoluir muito além de onde está, mas não prestei atenção. Meus olhos estavam cravados em uma figura alta com cachos loiros parado ao lado da diretora na porta.

Alguém me trás uma bombinha de asma, porque acho que fiquei sem ar por alguns segundos.

O garoto parecia um prato cheio de frango empanado e creme de milho de tão lindo. No queixo havia uma covinha fofa e os lábios finos se moviam com pressa enquanto ele concordava com algumas coisas ditas pela diretora. Sua camiseta cinza estava larga no corpo razoavelmente magro, enquanto a calça se mostrava mais apertada do que minha conta bancária.

Manual (muito útil) de como sobreviver ao Ensino Médio - Segundo AnoOnde histórias criam vida. Descubra agora