XXX C - Chupetas, fraldas e mamadeiras

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Depois de sete horas na sala de espera do hospital, éramos os adolescentes mais aborrecidos, famintos e exaustos de toda a região sudeste do país

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Depois de sete horas na sala de espera do hospital, éramos os adolescentes mais aborrecidos, famintos e exaustos de toda a região sudeste do país. Toda forma de distração que não perturbasse os pacientes ou as outras pessoas presentes no ambiente era válida.

Havia chegado um ponto onde eu estava tão entediada que comecei a brincar de Caminhão de Laranja com Alice, Gustavo e Bernardo.

Em um canto mais afastado da sala, Lorena e Juliano conversavam baixinho de mãos dadas. Eu não era vidente nem nada do tipo, mas algo em mim dizia que, pelas risadas dela, ele estava criando planos mirabolantes sobre encher a casa de filhos enquanto ela teimava que não queria engravidar nunca por não saber lidar com crianças.

Na fileira de bancos atrás de mim, Carol, Pedro e Lucas tentavam incansávelmente acalmar Frederico que estava surtando com medo de não ser um bom pai ou de não ser presente o suficiente agora que havia arrumado um emprego. Enquanto isso, Maiara e Camila conversavam avidamente sobre algo no celular da Camz.

Bianca e Rosa, que estavam sentadas ao lado de Bernardo e Gustavo, assistiam nosso jogo atenciosamente, ponderando se deviam ou não se juntar a nós.

Infelizmente, elas não tiveram tempo de tomar essa decisão, pois, para a salvação de todos, Vinícius finalmente havia retornado do mercado com várias sacolas cheias de suco de caixinha e pães de queijo que haviam sido comprados com uma vaquinha sofrida, mas que faziam bem o seu trabalho de enganar nossos estômagos famintos.

Gustavo era o mais desesperado por comida, o garoto parecia que tinha uma anaconda na barriga.

Quando terminou de entregar a comida, Vinícius se aproximou, bagunçou o cabelo da Alice, me deu um selinho e sentou-se ao meu lado. Tudo super casualmente, o que confundiu muito a senhorinha que estava sentada na fileira de cadeiras perto das portas duplas de vidro do hospital que havia me visto beijar Alice cerca de meia hora atrás.

Mais duas pessoas estavam nos observando, Bianca e Rosa, que pareciam mais curiosas do que a Lorena quando descobria que alguém escondia algum segredo.

Rosalene se mexeu inquieta em seu banco.

— Sem querer ser invasiva — alertou ela —, mas eu queria saber como isso... Como vocês funcionam.

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