Do Outro Lado Da Montanha// EM PAUSA

Capítulo 13-Riley

Não fiz questão procurar algo - ou buscar coincidências - da família real e o incêndio , Henry não era nada pra mim , por que eu me preocuparia. Eu poderia estar sendo grossa , até rude , mas eu não podia vê-lo , ele tinha poupado minha vida , era só , eu estava grata e ele bem. Não tinha nada a que me preocupar , era bom focar em outras coisas , em Emma por exemplo , precisava de um plano urgentemente , não podia ficar parada e esperar ela completar dezoito anos para que saísse de lá , tempo demais para alguém que ficou cinco longos anos longe da irmã , pensava nisso o tempo todo , mas nenhuma ideia aparecia. Elas não vinham , minha cabeça estava uma loucura total , tantas coisas para resolver investigação de meus pais , Emma , Rei Willian e bom...Henry. Tudo misturado , como uma massa de bolo mal feita. Nada ficava uniforme , era uma bagunça , não dava para ficar desse jeito! Eu precisava resolver meus problemas rapidamente , um passo em falso e já era , a tristeza ia voltar como na primeira vez , quem fez aquilo com meus pais vai pagar caro , sabotar uma carruagem?! Quem faria esse tipo de coisa?!

Tento espantar esses pensamentos enquanto continuo a caminhar pela biblioteca , estava a procura de livros que tenham algo relacionado com adoção ou algo parecido , estava na área de pais , onde tinha variados tipos de livros de como ajudar seu filho a passar por um problema , porem , aquela busca nao estava dando em nada , acho que isso foi uma falta de tempo , não que meus pais não sejam importantes , é claro que são. Mas já estou a procura de algum vestígio sobre o acidente a muito tempo e não acho nada , nem uma pista. Simplesmente nada.

Acho que o destino não quer que eu encontre algo , ou é apenas a minha má sorte em tudo , aposto na segunda opção. Não sou muito boa com pesquisas , era uma das piores quando estudava , sou mais de exatas. Olho para os livros em minha frente , todos de capa dura com cores escuras e estranhas , o melhor por hoje era parar , pelas janelas eu conseguia enxergar que o céu já estava alaranjando , indicando o por do sol , iria escurecer rapidamente , não demoraria muito. Peguei qualquer livro da estante e fui em direção da bibliotecária , ao chegar lá ela me olha com uma careta mas não fala nada , apenas pega o livro de minha mão estendida e carimba indicando que eu o iria levar para casa , ela me devolveu o mesmo e eu sai pela porta , as ruas estavam vazias , quase ninguém andava por elas , deveria estar acontecendo algo importante, o qual eu não sabia , ou não me convidaram. Obviamente se o rei estiver fazendo uma festividade ele não irá convidar a pessoa que ele mais odeia para comemorar , então apenas sigo em direção da taberna , não para beber e sim para comer , estava com fome , não tanta mas estava , minha barriga já começa a doer e eu queria chegar lá o mais rápido possível.

Eu demoro mais ou menos vinte minutos para chegar , o local estava completamente vazio , tirando os barmens que andavam pelo balcão e mesas , estava tudo muito escuro , acho que já estava para fechar , não ligo muito para isso e sento em uma das cadeiras , peço para uns dos barmens uma refeição e ele assenti indo em direção da cozinha , fico parada por um tempo de cabeça apoiada no balcão , que a propósito estava frio , fecho os olhos e começo de repente a me lembrar da noite do meu maior sofrimento.

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"Era de manhã bem cedo , mamãe queria que fôssemos ver a fazenda que meu pai tinha comprado , eu estava bastante incomodada pelo fato de minha irmã não ir conosco , mas ela precisava estudar para virar alguém na vida , não demoramos muito para nos arrumarmos , então em menos de quinze minutos tudo estava pronto para a viajem , que duraria em torno de cinco horas ou mais , meu pai estava completamente ansioso e sorria para todos os lugares , depois de um amigo de meu pai falar com ele e dizer que a carruagem estava pronta , subimos na mesma apressados , o cocheiro que meu pai contratara ontem estava em seu posto e nós também.

A carruagem então começou a andar , eu já havia andando na mesma muitas vezes , mas desta vez era diferente , iriamos passear pelas estradas de Histon , eu nunca havia andando por estas terras.

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"Já havia se passado mais ou menos três horas dentro da carruagem , a viagem que parecia completamente divertida se tornou um total tédio , paramos para esticar as pernas e descemos , comemos um pouco da nossa comida armazenada enquanto conversávamos animadamente , voltamos ao nosso lugar depois de um tempo fora - o qual eu achei que poderia ter demorado mais um pouco - , nos acomodamos como antes e esperamos o cocheiro que estava demorando a chegar , escuto um barulho e olho para fora da janela , vejo o mesmo mexendo nas rodas da carruagem , ele parece não me ver e continuava o trabalho , ele então para e olha para minha direção , volto então minha cabeça para dentro da carruagem e tento relaxar.

O que ele fazia ali?

Escuto então um alto estrondo e me preocupo imediatamente , o transporte então começa a andar com toda a velocidade , começo a ficar nervosa , O QUE ESSE COCHEIRO FEZ?! Minha mãe começa a gritar por ajuda , e meu pai tenta acalma-la , meu deus! O que iria acontecer conosco?!

              –Pai!-grito e ele aperta minha mão com força– Eu estou com medo..-minha mãe me abraça de lado e eu entro em total desespero.

              –Calma filha...Vai ficar tudo bem.-ela diz é uma lágrima rola pela sua face.

              –O que está acontecendo?!-grito de novo , a carruagem da um salto e começa a girar loucamente , meu pai aperta mais minha mão e eu começo a ficar tonta.-EU NÃO AGUENTO MAIS!

Minha mãe me abraça e me conforta alisando meus cabelos , a carruagem ainda girava e eu então começo a perder os sentidos , meus olhos já se fechavam , sinto então algo bate na carruagem , meu pai grita de dor e eu não consigo ver o porque disto , só sinto uma dor insuportável e meus olhos na completa escuridão..."

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               –Senhorita!-escuto alguém me chamar e levanto minha cabeça.

Parece que eu avia dormido e sonhando com um dos meus incríveis pesadelos , olho para o lado e encontro um moço com uma bandeja na mão e uma refeição , dou um sorriso vergonhoso e pego o prato entregando logo meus últimos euros , me acomodo direito na cadeira e começo a comer.