Rosa Despedaçada

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Doce era o aroma do jardim 
em que a bela rosa vivia 
amando intensamente o belo jardineiro
com quem ali sempre convivia
Oh oh oh oh oh oh 
Não sabia como era a dor 
não conhecia o sofrimento 
era feliz plenamente 
Oh oh oh oh oh oh 
Bela rosa não sabia as lagrimas rubras 
que do futuro vinham lhe encontrar
A perfeita rosa não sabia como iria despedaçar

Bem brutal, bem brutal 
foi o que o destino fez com a bela rosa 
Bem feroz, bem feroz
o fato fez com que a rosa quebrasse
Bestial, bestial
foi o que o jardineiro visualizou
enquanto seu jardim se ruía
Atroz, atroz
foi tão intenso e animalesco
fez com o jardineiro se estilhaçasse

Cada pedaço do paraíso estraçalhado
enquanto a rosa se debatia em terror 
O jardineiro via o que na alma lhe doía
o jardineiro gritava enquanto seu mundo caia
O jardim esvanecia enquanto ambos morriam
não há salvação, não salvação 
enquanto em seus restos de vida se contorciam

Rosa, jardim e jardineiro se esvaneciam
na escuridão da noite enquanto a lua sumia 
um eclipse surgia apagando tudo como a noite temia 
O lobo uivava em desespero e o vento rugia 
Não há como apagar a brutalidade da alma 
não há como apagar a dor da terra 
não há como apagar o amargor

Não há
Não há mais 
Não há mais rosas 
Não há mais belo jardim 
Não há mais jardim 
Não há mais nada 
Só poeira e sangue...  

Poemas MortosOnde histórias criam vida. Descubra agora