Nos salgueiros negros ela dançava,
como se não houvesse um amanhã
Tão apagada e fria,
vermelha como o sangue que se esvaia
Enquanto valsava em frenesi
Sua alma se iluminava
mas seu corpo frágil se despedaçava
Valsando intensamente
enquanto a noite caia
e sua fragilidade se desfazia
Olá escuridão, minha velha amiga
Olá vazio, meu doce amante
como esta dança está excitante
meu corpo finalmente sucumbindo
deixando de ser uma existência errante
Valsando interruptamente
enquanto ela perecia, sorria
Com todas as cores de sua alma
gargalhava sem esperança
mas com uma intensa alegria
Lagrimas de êxtase
enquanto tudo se tornava perfeição
enquanto ela se tornava finita
Valsando demasiadamente
apagando o escuro e negro coração
e toda dor que um dia sentira
Oh! Mais uma alma que para o céu subia
Sorria calidamente em sua imensidão
enquanto seu coração pálido chorava
Sua vida se extinguia enquanto sua alma,
que finalmente descansou em paz,
se alegrava.
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Poemas Mortos
ŞiirNão penses que ao abrir esta porta encontrara flores, belas cores e cálidos amores de verão, aqui só veras a mais bela, nefasta e torta escuridão. Se queres algo gentil vá escrever sobre o desabrochar dos lírios na primavera do seu coração! Ah e se...