O Amanhã

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O sangue que escorre de meus olhos

manchando a minha preciosa sanidade

Meus sentidos entorpecidos latejam

minha carne fraqueja lentamente

e meu espirito vaga por entre as frestas

de longas e tortuosas noites geladas

Eu procuro uma saída

Eu me desespero por uma solução

Eu olho para o céu e fecho os olhos

Eu sinto a escuridão me envolver

em um belo abraço

As estrelas estão a me olhar

em seu belo espetáculo

em sua beleza morta a anos luz

é tão melancólico que me faz chorar

Pulsando e palpitando

esse é meu belo e frágil vermelho

me faz seguir em frente

mesmo me torturando pelas tristezas

Eu nunca quis me machucar

e muito menos sofrer assim

Estou em pleno caos, mas sigo meus instintos

Estou sentindo que quebrei minhas barreiras

e a dor que me infligi me afoga lentamente

Estou afrontando minha consciência

agora e para todo o sempre

Eu sou confusa mas não me engano

Não me afogue em mais mentiras

Não me sufoque em todo seu ódio

Não me odeie tão brutalmente

Eu não vou destroçar minha armadura

eu não quero que vejam minhas fraturas

muito menos minha carne exposta

ou minhas feridas cruas

Eu não me deixarei pender

eu não quero cair

Enquanto ainda estiver alguém aí

segurando minhas mãos

e me ajudando a seguir

para tão longe da foice afiada

Eu ainda suportarei o amanhã.

Poemas MortosOnde histórias criam vida. Descubra agora