6º capitulo - Visita

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Era um dia típico de Outono, nem muito calor nem muito frio. O trabalho corria normalmente, até que uma visita inesperada apareceu.

Avistei o Salvio com o Lisandro e atrás deles vinham a Magali e o Valentino todos sorridentes, como sempre. Pensei eu "OMG, o que é que eles estão aqui a fazer? Vieram logo ao meu trabalho? Não posso crer", olhei para trás e disse:

- Pedro.. Pedro, o Salvio vem ali com a família.

- É normal, eles costumam cá vir – respondeu o Pedro e eu com cara de chateada disse

- E só me dizes isso agora?

- Não me lembrei, desculpa.

Eles aproximaram-se, sorriram e eu retribui. Até acho que esbocei ainda mais o sorriso estampado na minha cara. Dirigi-me a eles como faço com todos os clientes:

- Boa tarde, cartão continente?

O Salvio apresentou de imediato o cartão e a Magali disse:

- Tu não és a menina que esteve connosco no domingo no estádio depois do jogo?

- Sim sou, estava com o Pedro que está ali – apontei na sua direção enquanto acenavam – não esperava ver-vos por aqui.

- Costumamos vir aqui às compras – respondeu o Toto – quer dizer nós até variámos para não ir sempre ao mesmo sítio.

- Fazem bem, assim não andam sempre atrás de vocês. Têm mais privacidade.

- Si, isso é verdade.

Reparei que o Valu estava olhar fixamente para mim, então peguei num chupa e disse:

- Olá Valu, pega é para ti.

Pegou no chupa, sorriu e a mãe disse:

- Valu, como se diz? – ele veio na minha direção disse obrigada, deu-me um beijinho e eu retribui – como se chama?

- Carolina.

- Muito obrigada Carolina, és muito simpática.

- Não têm que agradecer e voltem sempre que quiserem.

Despediram-se e foram à vida deles. Foi uma visita bué agradável, acho que já ganhei o dia J Olhei para o Pedro e não parecia estar bem, como não podia ir a beira dele, mandei uma mensagem:

Para: Pedro

- O que tens?

De: Pedro

- Nada! Estou cansado!

Para: Pedro

- Nada? Passa-se alguma coisa, mas logo falamos pessoalmente. Kiss <3

No fim do trabalho, como sempre encontrávamo-nos à porta do Continente e hoje não era exceção. Convidei-o para jantar comigo mas ele recusou, disse que estava cansado e que precisava de ir para casa descansar. Achei isto muito estranho e perguntei:

- Podes-me dizer o que se passa por favor? E não digas nada porque sei que isso não é verdade.

Olhou para mim e respondeu baixinho:

- Ciúmes

- O quê? – Perguntei eu pasmada.

- Fiquei com ciúmes.

- De quê? E de quem?

- Da tua felicidade quando viste o Lisandrinho e o Salvio.

- Sabes bem que os sentimentos são diferentes, não tens que ter ciúmes. O Salvio é o meu ídolo e tu és das pessoas mais importantes – puxei-o para junto de mim e dei-lhe um beijo na testa – senão a mais importante tono.

Sorriu enquanto me agarrava bem junto a ele e disse:

- Eu sei, mais foi mais forte que eu! Ver-te ali, a sorrires, e estares toda feliz com outros rapazes sem ser eu deixou-me assim, inseguro. Desculpa princesa! – Encheu-me a cara de beijinhos.

- 'Tás desculpado, mas para a próxima diz-me logo o que se passa e não digas "nada" que eu não gosto. – demos um beijo daqueles que corta a respiração – olha e que história é essa de Lisandrozinho?

- Eu bem vi os olharzinhos e sorrisinhos que te mandava, ele não me engana.

- Só tu, mouro, para repares nisso.

- Tenho que andar atento e ele que não abuse.

- Não vamos voltar ao mesmo, pois não?

- Não, estou a brincar.

- Já jantas comigo ou ainda estás cansado?

- Janto contigo.

Fomos para minha e casa, quando lá chegamos deitamo-nos e adormecemos. Acordei com o meu telemóvel a tocar, era a Magda.

- Estou! – Disse baixinho para não acordar o Pedro, enquanto me dirigia para a cozinha para poder falar à vontade.

- Tudo bem?

- Sim e contigo? Tenho novidades!

- Com dores de cabeça. A sério? O quê? Tu conta-me tudo.

- Estás como sempre. O Salvio e o Lisandro hoje foram lá ao continente.

- A sério? Que fixe! – Contei-lhe tudo e também o ataque de ciúmes do Pedrosa.

- Olha uma coisa, tens falado com o Ni.. Osvaldo?

- Não, tenho tido muitos testes.

- 'Tás a gozar?

- Não, tenho pelo menos um por semana.

- Podias ter falado pelo menos um dia.

- Ah isso falei, mas nunca mais lhe respondi.

- Coitado, deve pensar que morreste para a vida. E estás a espera de quê para lhe responder?

- Oh já sabes como sou, prefiro falar cara-a-cara.

- I know, mas enquanto não é possível podias responder ao moço.

- Tá bem, eu respondo. Mas digo o quê? "Olá tudo bem?".

- Não, diz "Desculpa a demora, mas estou com muito trabalho na faculdade e também não te quero chatear. Por aqui está tudo bem e os teus treinos como têm corrido?"

- Ok chefe.

- Mas manda mesmo.

- Sim eu mando. Não há mais novidades?

- Deixa-me só ver se o Pedro continua a dormir para te contar a ideia que tive – espreitei e continuava a dormir como um anjinho – pronto ele dorme já te posso contar.

- Que ideia maluca tiveste agora?

- Até parece! Pensei em fazer uma surpresa aqui ao lisboeta já que ele me fez da outra vez.

- E já pensaste em como vais fazê-lo?

- Sim, tive duas ideias: ou salto de paraquedas ou rafting e terminar com um piquenique.

- Pessoalmente, gosto mais da primeira.

- Eu também.

- Então escolhe essa, mas depois quero ver o salto.

- Sim, depois mostro-te.

- Olha vou ter que desligar. Até amanhã!

- Até amanhã! Responde ao outro cromo.

- Ei, ele não é nenhum cromo! Depois falamos.

Olhei para as horas, já era tarde então preparei algo rápido para eu e o Pedro comermos para depois ele ir para casa.

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Será que ele gostará da surpresa?

Será que a Magda respondeu ao Nico?

Rumo novo nesta estradaWhere stories live. Discover now