24º Capítulo - olha para mim, porra!

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(Carolina)

- Estou Magda? – disse eu a chorar quando ela me atendeu a chamada

- Sim. Estás a chorar?

- Ele é um parvalhão, um idiota. Odeio-o

- Estás a falar de quem? – não conseguia falar e continuava a chorar – Carol, pára lá de chorar e explica-me o que se passa. Assim não entendo nada

- Foi o... – tentava falar aos soluços – o idiota do Pedro

- O que é que tem? O que é que ele fez? - contei-lhe o que se passou – que grande idiota! E tu não te passaste e deste um estalo à tipa?

- Nem consegui reagir, só quis sair dali para fora e correr até ao táxi

- Não esperava isso dele, foi mesmo uma besta!

- O que me irrita mais é que ele dizia que me amava e que teve o tempo todo à minha espera, porque mentiu? Para que dizer o que não sente? Quer andar com as duas ao mesmo tempo? Que ódio!!!

- Tem calma, amiga! Não podes ficar assim!

- Não consigo, sabes que me estava a dar muito bem com ele!

- I know! Estás a precisar de te distrair, fazemos assim vou-te buscar à estação e vamos dar uma volta

- Não sou boa companhia para ninguém

- És sim, vamos jantar a algum lado e depois damos uma volta pela baixa

- Não me apetece!

- Ohhh mas quem manda? Vamos e acabou!

- Está bem mas depois não te queixes

- A que horas chegas?

- As dez

- Tão tarde? Vou morrer de fome

- Come alguma coisa até lá

- Eu aguento. Até logo então

- Hasta – Desligamos e tinha uma mensagem

De: Pedro

- Onde andas? Já foste para o Porto e nem te despedes?

Para: Pedro

- Sim estou a caminho do Porto é da maneira que ficas à vontade com a Filipa!

Aguardei o telemóvel na carteira e pus-me a ouvir música para tentar esquecer tudo o que se estava a passar. Sabia que não devia ter respondido àquela mensagem mas estava feito e não podia voltar atrás. A viagem estava a custar mais do que habitual parecia que as horas e os kilometros não passavam e começava a ficar impaciente. Acabei por adormecer um pouco depois de Leiria e só acordei quando cheguei ao destino. A minha amiga estava lá à minha espera juntamente com a Olivia e Tomás

- O que fazem todos aqui?

- Surpresaaaa – disseram em coro

- Foi ensaiado? É que acho que não saía tão bem - rimo-nos

- Vamos embora que tenho fome – disse a Magda

- Eu também já comia alguma coisa. Onde tens o carro?

- Já o deixamos estacionado perto da Cordoaria para não estarmos a esta hora à procura de lugar, o que seria impossível – fomos embora dali.

Jantámos no BaixaBurguer onde a Olivia tinha guardado uma mesa porque já sabíamos a confusão que aquilo é. Conversamos durante todo o jantar sobre várias coisas, como ia a faculdade, o meu trabalho, sobre futebol, sobre saídas anteriores, sobre as novidades que surgiram entretanto, entre outros assuntos, foram umas belas horas com os meus amigos. Quando saímos do jantar, eu já estava um pouco alegre demais depois de beber uns copos de sangria, escrevi num papel o meu número de telefone e entreguei ao empregado bem giro que nos atendeu durante a noite, o que nos rimos com isto, senti-me uma verdadeira adolescente!

Rumo novo nesta estradaWhere stories live. Discover now