(Carolina)
A Magda veio passar uns dias comigo antes do Natal, vamos aproveita-los da melhor maneira para passear e conhecer o que me falta de Lisboa. Hoje vamos ao Oceanário. Acordamos cedo, e eram 8h30 quando saímos de casa. Apanhamos o metro na estação Colégio Militar e quando saímos em S.Sebastião para trocar de linha a Magda diz:
- Fogo como te entendes neste metro? É tão confuso!
- No início achava isso, mas agora já me habituei.
- Eu gosto do sistema deles, só passas se tiveres mesmo o cartão carregado, mas o facto de andarem ao contrário, faz-me muita confusão
- Ao fim de dois, três dias habituaste.
- Não sei. Sempre vamos ao café que falaste? É que tenho fome.
- Sim, como chegamos lá cedo temos tempo de ir comer a nossa torradinha e a meia de leite
- Acho bem.
Saímos no Oriente e fomos ao café fazer horas, já que o Oceanário só abria às 10h. Aproveitei o tempo para lhe perguntar como tinha corrido afinal o dia de ontem
- Então, como correu ontem? Quero mais pormenores
- Correu bem – respondeu ela – mas ele ficou estranho quando convidei o André para ir à Sincelo connosco
- Ficou com ciúmes, o André foi-lhe roubar a atenção toda
- Oh não ficou nada, não tem razões para isso somos só duas pessoas que nos estamos a conhecer e além disso não tenho nada com o André nem nunca tive
- Eu sei disso, mas ele não e tens que admitir que tu e o André sempre foram muito cúmplices, todos os nossos amigos achavam que vocês namoravam
- As pessoas só fazem filmes.
- Mas sem ser isso, divertiram-se? Ele é tão antipático como dá a entender?
- Nada disso, ele é super simpático e super divertido. Acho que ele usa antipatia como defesa pessoal. Eu já lhe disse para parar de ser assim e mostrar como realmente é.
- E combinaram algum encontro enquanto estás cá?
- Sim.
- Quando?
- Hoje ao almoço.
- O quê? Vais me abandonar?
- Claro que não, vais almoçar connosco como é óbvio.
- Não quero fazer de vela.
- Não sejas parva – disse a Magda com cara de poucos amigos – ele disse que nos ia mostrar Lisboa aos olhos dele.
- Isso era para vocês fazerem sozinhos.
- Era nada, ficas connosco e acabou.
- A menos ele que traga o paizinho Maxi assim eu vou falando com ele e vocês ficam à vontade
- Acho que o Maxi não podia, ia ter a festinha dos filhos lá na escolinha – olhou para o relógio – é melhor irmos comprar os bilhetes quero ver tudo com calma.
Levantamo-nos, pagamos e fomos fazer a nossa visita. Quando lá chegamos perguntaram-nos se precisávamos de uma guia, dissemos que não, porque a Magda entende do assunto, os panfletos e placas ajudam. Na zona dos répteis ela diz:
- Olha aquele é o axalote, o seu habitat é a cidade do México e é uma espécie em vias de extinção.
- Aquilo é um réptil?! Parece um peixe.