(Carolina)
A semana foi passando com muito trabalho, as longas conversas com a Magda, as saídas com o Pedro e os meus colegas de trabalho. Tudo corria dentro da normalidade, finalmente o sossego que tanto pedia na minha vida tinha chegado.
Hoje, quarta-feira, o despertador tocou à hora de sempre, levantei-me, tomei um duche rápido, preparei o meu pequeno-almoço, dei de comer ao HappyMeal e sentei-me no sofá até serem horas de ir trabalhar. O meu telemóvel tocou, era uma mensagem.
De: Pedro
- Bom dia, a menina já está pronta? Estou aqui embaixo a tua espera ;)
Para: Pedro
- Bom dia, esperas 20 minutos? :p
Peguei de imediato nas minhas coisas e desci, estava ele no carro, estacionado mesmo à porta do prédio, mal me viu riu-se. Entrei no carro
- Agora tenho motorista privado e não sei? - dei-lhe um beijo na bochecha
- Não te habitues que não é todos os dias
- Ei que chunga – coloquei o cinto, apesar da viagem não ser muito longa, e ele arrancou
- Tens que pagar pelo serviço
- Então mais vale ir a pé
- Estou a brincar, tona! - deu-me uma palmada na perna
- Auuu! E ainda me agrides?
- Desculpa - deu-me um beijo rápido na bochecha
- Vai masé atento à estrada - empurrando-o para o lugar dele. Ele estacionou o carro no sítio do costume e entramos no Colombo.
Como íamos entretidos a brincar um com o outro nem reparamos que a Filipa estava mesmo ao nosso lado, até que ela falou para nós
- Começou bem o dia para vocês – dei um salto
- Que susto, Filipa! – cumprimentei-a
- Ias matando a rapariga – disse o lisboeta enquanto a cumprimentava
- Eu já vos tinha apanhado ali atrás mas nem deram por mim
- Estávamos distraídos
- Eu reparei – paramos à porta dos vestiários
- Almoçamos juntos? – perguntou o Pedro e acenei que sim
- Não quero incomodar os pombinhos – respondeu ela
- Não faças filmes! Vens com a gente e acabou – repostei logo
- 12h30 espero aqui por vocês – gritou ele
Guardamos as nossas coisas nos cacifos e fomos trabalhar. A manhã de trabalho foi calma como sempre, uns minutos mais agitados que outros mas nada de muito stress. Na nossa hora fomos almoçar como combinado, ainda se juntou dois colegas nossos, a Patrícia (a rapariga que está grávida) e o Paulino (dá-se bem com o Pedro e é brasileiro). Passamos a hora de almoço a rirmo-nos com as histórias que o brasuca nos contava ou de momentos engraçados que nos íamos lembrando que já se tinham passado no local de trabalho, enfim estava um ambiente descontraído. Depois voltamos ao trabalho.
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(Magda)
Estava na minha hora de almoço juntamente com o Tomás e outros dois colegas,numa das salas de estudo, a rever uma matéria, pois na sexta vamos ter uma frequência e todo o tempo livre tem que ser aproveitado, quando o meu telemóvel que estava pousado em cima da mesa começou a vibrar estremecendo toda a mesa.