FERNANDOEncolho-me no lugar sentido o cheiro de podre aonde me encontrava. O lugar era pequeno demais para quatro homens e imundo o suficiente para não poder se viver lá, de todos os infernos que esperei a vida apresentarem a mim, eu não poderia ter imaginado que o pior deles se encontrava a onde eu estava agora, sem saída.
—O que tanto olha seu idiota? Perdeu alguma coisa?
-Incomodado? Dane-se então seu filho da mãe. -Fui empurrado em meio às grades e com força, arrancado no mesmo instante. Nunca eu toda minha vida eu esperei me encontrar tão impotente, inútil completamente.
—Me solta idiota! Não me faça quebrar sua cara imbecil! Você não sabe quem sou.
—E nem me interessa seu rato. Vai fazer o que? Não te quero dando um pio, não me faça te entregar para o carcereiro sem um dos olhos na cara ou melhor, com uma perna sem muita serventia.—Um soco seguido do outro foi dado em meu rosto, eu estava aos trapos depois daquilo e mau conseguia me levantar. Arrastei-me mesmo sabendo que seria em vão lutar.
—Filho da puta! Me larga! Me larga! —Meus pés correram pelo chão enquanto o mesmo me arrastava até o pequeno banheiro, era tarde demais e quando dei por mim, estava com a cara no vaso forçado por ele.
—Você vai pedir desculpas e vai começar a entender quem manda aqui, no caso eu. Se me responder, você vai ter mais do que apenas cheirar o vaso, se pisar na bola uma segunda vez, te faço engolir tudo que tem dentro de uma vez, estamos entendidos? —Assenti sentindo o sangue na boca e o cheiro ruim ao meu redor, aquela merda não poderia está acontecendo.
—Ótimo, agora vá limpar lá, você sentiu o cheiro, está imundo. —Ele me empurrou e com nojo eu tentei não o matar, era minha vida em jogo em um inferno nunca conhecido antes por mim, eu estava no pior do fundo do poço e isso eu poderia agradecer a Lis, era o fim.
—Desgraçada!
THEO
Segurei meu menino o pondo na cama de minha mãe, já se faziam semanas desde seu nascimento e nossas visitas ainda mais constantes. Eu não poderia me permitir Deixá-la junto a minha irmã e nem mesmo Lis me permitiria isso. Estávamos vivendo uma fase linda, e de maneira nenhum eu deixaria aqueles que nos amavam assim como nós a eles, de fora de tudo de bom que estávamos passando. Beijei meu garoto dorminhoco o acomodando na cama de minha mãe, eu havia trocado sua fralda horas antes e depois de um longo momento mamando, o sono veio em seguida. O aconcheguei ali o cercando com as almofadas para que estivesse bem seguro, era o maior tesouro que eu tinha na vida.
—Papai vai te deixar aqui enquanto dorme viu? Vou jantar e já volto para ver se você acordou, eu te amo. —Beijei seu pezinho o vendo bocejar e voltar a dormir, eu amava demais aquele menino, ele era parte do meu coração. Arrumei as almofadas ao seu redor e sai quando o deixei bem protegido, só assim eu confiaria em deixá-lo sozinho. Desci as escadas e voltei para o jardim onde tudo estava pronto, era a primeira vez que voltava para a casa de meus pais desde que tudo aconteceu, minha mãe tinha me garantido que ele não voltaria cedo para casa e depois de um longo pedido seu, não tive como dizer não. Agradeci por Sebastian não está em casa e sim trabalhando até tarde na empresa, caso contrário eu nem mesmo teria ido, o que infelizmente partiria seu coração mais não teria jeito.
—Arrumou os travesseiros querido?
—Arrumei sim amor. Não se preocupe, está seguro. —A beijei sentando ao seu lado, ela sorriu voltando a comer, minha mãe sorriu muito feliz por nossa presença, assim como eu.
—Estou tão feliz que tenham aceitado meu convite, é bom tê-los aqui e sabem disso. Lílian teria adorado está aqui se não estivesse trabalhando, ela começou a pintar novamente, é o que gosta. Teremos outros momentos.

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UMA CHANCE PARA AMAR
RomantikPor anos, Theo Santori era moldado para ser espelho de seu pai. Dono de um império, ele se viu forçado a se casar para tomar posse enfim daquilo que sempre o pertenceu, ele não se importava com isso, mais em seus 34 anos, jamais acreditou que sua re...