CAPÍTULO 10

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JAMES

Meus olhos observavam atentos por cada passada ou movimento novo. Anos como detetive, permitiram-me uma grande percepção aos fatos, ele não escaparia das minhas lentes e esse, seria mais um trabalho concluído com sucesso. Primeiro o infiel, segundo a amante e por último minha recompensa. Simplesmente perfeito.

THEO

O grande número de trabalho na empresa, era a garantia que eu não voltaria para casa tão cedo. Eu estava evitando encontrar Marcela que de maneira alguma me largava, eu jamais pensei que a mulher doce e gentil que conheci por influência de meu pai pudesse ser tão fria, só deixou claro o quanto meu engano foi grande, eu estava no meio das cobras. Levantei meus olhos vendo Alec entrar com as mãos cheias de papéis, estávamos nos evitando porque até então, o cara que pensei ser meu amigo de anos, não passava de alguém desconhecido para mim.

—Bom dia.

—Bom dia Alec. —Respondi sem prestar atenção no mesmo. Era uma maneira de já está evitando uma possível confusão depois de tudo, não precisávamos chegar a tanto.

—É impressão minha ou você está me evitando agora? Posse ser direto comigo Theo, afinal de contas eu acredito que pelo menos um pouco de atenção eu mereça.

—De onde tirou isso? Só estou ocupado demais e isso é tudo. —Respondi o olhando fixamente.

—Dada a sua frieza nas últimas semanas e seu comportamento depois do que aconteceu.

—Não evito ninguém Alec, só não quero emendar a mesma história com você de novo. Tem seus princípios e eu respeito já você só sabe atirar pedras e condenar as pessoas que pensam diferente de você. Eu não quero que nossa amizade seja abalada ou até mesmo terminada porque tive que decidir seguir outro caminho. Eu fui claro desde o principio, mesmo que pra você não.

—Nunca condenei você, apenas quis ajudar você que está em um precipício. Culpo-me todos os dias por ter dado aquela ideia, se eu soubesse que acarretaria isso, nunca teria incentivado você a essa Merda. Eu sou seu amigo há anos e foi por esse motivo que achei importante te alertar quando essa loucura.

—Viu? Só sabe condenar os outros, mais acredite sua imposição não altera em nada minha visão de princípios agora. Nem vai mudar o que tenho em mente agora.

—Tudo bem então, eu não digo mais nada Theo, muito menos tentarei te mostrar a razão de novo. Acredito que tudo tem um limite e eu particularmente já cheguei ao meu.

—Agradeço.

—Bom, seu pai quer desapropriação desses terrenos e isso inclui o da sua amada, não pude dizer mais nada, ele quer cada um deles. Só estou te avisando para que não seja pego de surpresa, não há como contê-lo.

—Eu vou resolver isso, não se preocupe Alec. Aliás, onde está a escritura da casa e do apartamento? Já passaram no cartório como te pedi? —Perguntei dando uma trégua para nosso desentendimento. Tentar discutir o mesmo assunto não nos levaria a nada.

—Chegam hoje, deixei nas mãos de Estela, sua secretária. Ela vai trazê-los assim que o entregador deixar na portaria. Não se preocupe, está tudo nos conformes como solicitou.

—Perfeito, obrigado. —Não ouvi mais nada quando ele saiu e para o momento, foi o melhor. Lis não sabia mais havia muitas coisas em que seu nome permanecia como dona, fora a casa e o apartamento, havia uma conta em banco onde eu depositava todos os dias dinheiro, era minha forma de ajudá-la, mesmo que ela ainda não soubesse. Lis iria ser minha esposa, mãe dos meus filhos e dona da minha vida quando finalmente toda a farsa acabasse, eram esses os planos principais que incluíam a nós dois. Sorrindo peguei o telefone em cima da mesa discando em seu nome, eu estava morrendo de saudade mais ainda não poderia voltar pra nossa casa, tinha muito trabalho atrasado para fazer antes de tudo realmente acontecer.

UMA CHANCE PARA AMAROnde histórias criam vida. Descubra agora