31. Pai e filhos

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P.o.v. Alvo Potter

Assim que entrei no quarto e fechei a porta, eu olhei para a cama e lá estava meu pai.

Foi um choque vê-lo daquele jeito.

Ele sempre foi tão ativo!

Fui até sua cama e me sentei ao lado dela, encostei minha mão na mão dele

-Oi pai...-sussurrei

Eu não sabia ao certo oque falar para ele. Não sabia se ele estava me ouvindo... mas não custava tentar

-Eu...-comecei- eu não sei se você está me ouvindo, mas saiba que... eu estou sentindo muito sua falta... ultimamente, nas vezes que a gente conversava, nós sempre acabávamos discutindo... e agora você não pode nem falar comigo- respirei fundo antes de continuar- Bem, não faz muito sentindo falar disso agora... mas, eu sei que o fato de eu ser da Sonserina te afetou um pouco no início. Me afetou também, eu esperava ser da Grifinória, mas eu tinha a certeza absoluta que independentemente da casa que eu pertencesse você me apoiaria. No momento em que me sentei no banquinho e o chapéu seletor tocou minha cabeça, a primeira coisa que ele disse foi "Mais um Potter...". Ele disse que eu era diferente do resto da família... fiquei perturbado com isso no começo... bem, ele pensou em me mandar para a Grifinória, mas ele resolveu me mandar para a Sonserina... e lá não é tão ruim...

Eu nunca havia contado esses pequenos detalhes sobre minha seleção para o pai, mas eu achei necessário, afinal, se eu contasse isso antes, a gente brigaria, mas acho que agora isso vai mudar muita coisa...

-No meu primeiro ano, nós acabamos brigando muito por causa de minha amizade com o Malfoy, mas eu sabia que você estava apenas tentando me proteger de alguns riscos que você pensava que existiam, já que, no passado, o pai de Scorpius foi uma das pessoas que entrou ao lado de Voldemort... eu sempre te entendi, mas meu orgulho era maior... e o Scorpius é diferente... quando começaram a me chamar de Aborto da Sonserina, ele me defendeu... sempre que falavam alguma coisa ruim de mim, ele estava lá... nós somos assim como você e e o tio Rony... não vou pedir para não se preocupar tanto com isso, você é meu pai, claro que vai se preocupar e...

Parei um pouco de falar.

-Pai, fique bem logo... eu preciso de você, meus irmãos precisam de você e a mamãe também precisa de você. Ela parece ser forte, mas sei oque ela está sentindo... Posso não ser o melhor filho do mundo, mas eu tenho o melhor pai do mundo... eu amo você pai... queria poder te ajudar- uma lágrima descia pelo meu rosto- eu e Rose encontramos um livro de poções avançadas e começamos a procurar alguma poção que servisse para te ajudar, eu não consegui... me desculpe...

Eu estava chorando, mas me recompus rapidamente.

-Fique bom logo, pai... nem que for para brigar comigo de novo...- acabei por dar um meio sorriso involuntário- Preciso ir... Tiago vai entrar, sei que a companhia dele pode ser chata, mas logo eu volto. Amo você!

Me levantei e fui até a porta do quarto, e lançando um último olhar para meu pai, eu sai

Assim que fechei a porta meus irmãos olharam para mim com curiosidade

-Pode entrar Tiago...- falei

Eu sabia que estava com uma cara péssima, pois havia acabado de parar de chorar, mas não me importei e me juntei à mãe e a irmã enquanto Tiago entrava no quarto.

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