A história de Eva Essex, sua vida e seus homens.
Traição, mentira, romance, dinheiro, descobertas e redescobertas.
Um ensinamento sobre amor e interesses.
Estar com o Scott era como estar com uma enciclopédia ao lado, ele falava sobre tudo, entendia de tudo, e quando não sabia tinha a humildade e a curiosidade de querer aprender, os olhos azuis dele ainda me remetiam as praias da Espanha, dava vontade de tomar um mergulho neles, e se afogar, e ele tinha aquele jeitinho de falar com os olhos, quando ele sorria, sorria também com eles, quando ficava curioso dava para perceber com um olhar... Acho que eu não sei explicar, viu? Eu sei que eu planejava umas boas férias de mim mesma, sem precisar me preocupar com nada nem ninguém, ainda não sei se ganhei um presente ou um problema, mas espero que seja um presente... Porque esses olhos...!!
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O jantar transcorreu sem problema algum, pelo contrário, o tempo passou mais rápido do que haviam imaginado; na saída ele pediu que ela dispensasse o seu motorista, o manobrista trouxe a luxuosa Ferrari F60, ela arqueou uma sobrancelha quando ele abriu a porta de passageiro para ela:
- Não vai mesmo deixar eu dirigir?
- Se hoje você for uma boa menina, quem sabe amanhã? – ela riu, entrou no carro e colocou o cinto
- Que carro maravilhoso!
- Eu sei!
- Você vai ficar com ele?
- Já fiquei, desde que coloquei os olhos nele mais cedo...
- Se você não fosse ficar, eu iria!
- Você coleciona carros também?
- Na verdade não, meu tio não deixa! – ele riu – Mas tenho dois excelentes em casa!
- Então quer dizer que seu tio ainda manda em você?
- Na verdade não, mas respeito muito ele, e ele pediu que eu não tivesse uma coleção de carros matadores em casa...
- Entendi! Queria que a minha sobrinha me ouvisse o tanto que você ouve o seu tio...
- Scott, você já se olhou no espelho hoje? A Leen e o Ty olham para você e lhe veem como um amigo deles, não como tio... Você nem tem aparência de tio de ninguém! – ele soltou uma gargalhada gostosa, ela o acompanhou, logo chegaram na mais famosa boate da região
- Acho que estou um pouco velho para isso...
- Nem vem, já soube que você é um dos clientes mais antigos e assíduos daqui!
- Antigo eu sou mesmo, tem mais de quinze anos desde a primeira vez que vim aqui, agora assíduo é uma história completamente diferente dessa... – ele abriu a porta para ela e ajudou-a a descer, foi guiando-a com a mão em suas costas
- Onde será que eles estão?
- Tem quanto tempo que você não vem aqui?
- Muitos e muito verões, mais de cinco... – ele sorriu
