Capítulo 5.

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P.O.V. Raphaella Lins.

Acordei cedo, mais cedo que o normal. Levantei da cama, peguei uma roupa qualquer e fui tomar um banho.

Já vestida desci as escadas e fui fazer o café da manhã, com tudo pronto, subi novamente para o quarto e chamei o Daniel. Dei-lhe um banho e o ajudei a colocar o uniforme da escola.

Descemos as escadas e fomos para a cozinha, tomamos café, escovamos os dentes e seguimos para o carro. O coloquei na cadeirinha e fui para o banco do motorista.

-Tia. - Dani me chama do banco de trás.- Posso ver meu pai essa final de semana?

-Hum..- Tentei pensar em uma resposta para explicar à ele que o pai não quer o ver.- Talvez. Mas vamos conversar melhor em casa, Okay?

-Pode ser. – Ele falou distraído com as coisas na rua.

Liguei o rádio, ouvindo músicas chegamos rapidamente na escolinha. Depois de ajudar o Dani sair do carro, fui direto ao hospital. Hoje eu tinha bastantes pacientes.

[...]

P.O.V. Victor Montenegro.

Acordei um pouco mais cedo que o normal.

Levantei da cama, fui ao banheiro para lavar o rosto e escovar os dentes.

Desci as escadas, na cozinha cumprimentei Dona Benedita e tomei meu café tranquilamente. Alguns minutos depois, Larissa desceu vestida com seu uniforme e logo atrás dela vinha sua babá. Comemos nós dois juntos, escovamos os dentes e esperamos Léo chegar, afinal não tem como levar minha filha se não posso dirigir.

Assim que Leonardo chegou, minha filha foi em direção ao carro e acenei para o Léo. Antes de entrar em casa, olhei para a casa dela e a vi saindo de carro com o sobrinho.

Entrei em casa e subi para o mau quarto, deitei na cama e fiquei assistindo um jogo de futebol antigo.

Desci só para almoçar quando uma das empregadas veio me chamar e voltei ao quarto, assisti filmes e séries até Larissa chegar da escola.

Como hoje é terça-feira, Léo ficou aqui em casa pra assistirmos a um filme. Um pouco antes da janta, Leonardo foi buscar a namorada no trabalho dela e os dois voltaram aqui para jantar.

[...]

P.O.V. Raphaella Lins.

Depois de atender todos os pacientes da manhã, almocei e voltei ao consultório. Um tempinho depois uma enfermeira me chamou correndo, parece que aconteceu um acidente e muitas pessoas estavam chegando ao pronto socorro e eles precisavam da minha ajuda. Pedi para alguém da recepção ligar para os meus pacientes e cancelar as consultas.

Corri ao pronto socorro e ajudei os socorristas a acomodar os pacientes mais graves.

Logo fui ajudar as vítimas menos feridas, cuidei de cortes, arranhões e mãos e pernas quebradas.

Depois fui aos mais graves, logo uma maca entrou e logo fui ajudar. Era uma mulher, mais uma vítima, só que essa era diferente, eu a conhecia. Patrícia, esse é o nome dela, ela é a tia do Daniel, irmã do pai dele.

Ela estava inconsciente, cuidei primeiro dos ferimentos menos graves e logo um outro médico veio cuidar dela.

Quando olhei em volta, todos as vítimas já estavam sendo cuidadas, então voltei ao meu consultório.

Pensei em como contar ao Daniel que a tia dele sofreu um acidente, em bora eu não goste muita da família do pai dele, eu deveria contar, né?!

Vi que já estava na hora de ir embora, peguei minhas coisas e fui em direção ao meu carro.

Passei no posto de gasolina, enchi o tanque e fui buscar o Dani na escola.

Chagando lá, eu vejo o Léo pegando a filha do Victor, Larissa estava conversando com Daniel, provavelmente se despedindo.

Desci do carro e chamei meu sobrinho, o mesmo veio correndo e me abraçou.

- O que foi, amor?- Eu perguntei estranhando o abraço.

-Nada. - Dani diz, mas eu vejo que seu rosto está vermelho, muito provável que seja de choro.

-Por que você estava chorando?- eu perguntei.

-Podemos conversar em casa?- ele pergunta e aceno que sim com a cabeça.

Fomos em direção ao meu carro, o ajudei a se arrumar na cadeirinha e entrei no banco de motorista.

Chegando a casa, o ajudo a sair do carro. Entramos em casa e sentamos no sofá, um de frente para o outro.

-Então, por que você estava chorando?- eu perguntei.

-Promete que não vai brigar comigo?- ele perguntou, acenei que sim com a cabeça. - Eu pedi pra minha professora ligar pro meu pai, eu perguntei pra ele se eu podia passar o final de semana lá. – um soluço escapou de sua boca, ele estava chorando de novo, o puxei para o meu colo e o abracei. - Ele falou..-um soluço-.. Que não..-soluço-.. Me quer, que ele..-mais um-.. não gosta de mim. – ele falou tudo em meio de soluços e começou a chorar mais. O abracei com força e levantei do sofá, subi as escadas.

No meu quarto eu deitei com ele e o ficamos abraçados, depois de um tempo percebi que ele já tinha dormido, tirei seu uniforme e coloquei seu pijama, me troquei e desci para fazer o jantar.

Assim que desci vi que meu celular estava tocando. A Júlia estava me ligando.

-Alô. -eu disse.

-Oi, tudo bem?- ela pergunta do outro lado da linha.

-Mais ou menos. E você?

-Trabalhando ainda, mas bem. Por que mais ou menos?- ela pergunta estranhando minha fala.

-Daniel pediu a uma professora para ligar para o pai dele, e o mesmo disse que não gosta do filho e não quer o ver. Agora estou com vontade de matar alguém. Dani acabou de pegar no sono, estava chorando. - eu digo a minha amiga.

-Meu deus! O que tu vai fazer agora?- Ela me pergunta.

-Vou ficar em casa amanhã com o Dani. E no outro dia vou falar com a diretora da escola, dizendo que não é pra ligar para o pai dele outra vez. - Falei à ela.- Mas então, trabalhando até agora?

-Na verdade, agora estou no carro com o Léo, vamos jantar na casa do Victor hoje. Quer que eu passe aí antes do jantar?- ela me pergunta.

-Não precisa Jú, aproveita o jantar e quem sabe no final de semana não saímos para nos divertir? Podíamos chamar as meninas.

-Pode ser. No sábado?- ela diz.

-Sim, no sábado. - eu confirmo.- Agora deixa eu ir fazer o jantar, tchau e beijinhos..

-Tchau...

Vou para a cozinha fazer a janta, decido fazer uma sopa. Pronta, chamo o Dani, depois de comer, escovamos os dentes e fomos dormir.

*Espero que tenham gostado do capítulo de hoje. 

Boa noite e até o próximo...*

A Médica e o JogadorOnde histórias criam vida. Descubra agora