Capítulo 9

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- Em que tanto pensa Vio? - perguntou Bonnie enquanto estacionava o carro na frente da casa dos Bennet.

Merlim, eu fiquei moscando aqui e nem vi que já chegamos.

- Nada de mais Bonnie - murmuro enquanto entrávamos na casa, mas antes de eu dar mais um passo a morena coloca a mão em meu ombro me fazendo parar de andar.

- Estou pensando em contar sobre eu ser bruxa para Elena - sussurrou, pra provavelmente sua avó não escutar.

- Faça o que for necessário minha amiga - por mim eu não falaria mas o que eu posso fazer se a Elena é uma das melhores amigas da Bonnie?

A morena me dá um sorriso e me despeço dela e vou para o meu quarto. Jogo minha mochila em cima da cama e caminho até a escrivaninha presente no quarto e leio pela décima vez a carta de Harry.

" Querida Irmã,

Sei que você ficara brava ao receber essa carta, mas eu não tinha como não mandar essa carta para você. Sinto sua falta, desde a volta de Voldemort não tenho falado com ninguém após eu ter voltado para casa de nossos tios. Soube que te mandaram para longe de Londres, fico curioso em saber onde você estaria agora.
Me pergunto quando finalmente teremos o nosso momento em paz, sem pessoas querendo nos matar ou sem jornalistas querendo saber de nossas vidas pessoais. Me pego imaginando às vezes se Voldemort não existisse, nossos pais e Siriús estariam vivos. Teríamos a tão sonhada vida que sempre desejamos.
Queria quanto que você estivesse aqui pra me fazer companhia como sempre foi. Sinto a cicatriz doer com frequência.

Sinto sua falta lírio.

Ass: HJP"

- Me pergunto como essa carta não foi parar nas mãos de outra pessoa - sussurro para mim mesma e deixo a carta onde ela estava.

" Lírio" Harry me chama assim as vezes desde que descobriu que nosso pai chamava nossa mãe assim, essa carta realmente foi escrita por ele.

Olho para minha cama e lá, junto com minha mochila estava à maleta onde estava o violino. Começo a lembrar das palavras escritas na carta "Sinto a cicatriz doer com frequência".

-A minha também doe - sussurro.

Voldemort parece que ficou irritado por não saber o meu paradeiro. Desde que eu saí do Hogwarts minha cicatriz doe todo santo dia.

"Me pego imaginando se Voldemort não existisse"

Se aquele narigudo não existisse, não tenho certeza absoluta se nossos pais estariam vivos ainda, se não fosse ele fazendo o papel de malvado com certeza haveria uma outra pessoa talvez pior que Voldemort.

Sou tirada dos meus pensamentos de nostalgia quando alguém bate na porta do quarto.

- Entra - digo meio auto enquanto pegava a carta do meu irmãozinho e colocava dentro de uma das gavetas na escrivaninha.

- Vio, eu vou para casa da Elena, quer vir junto?- Bonnie entrou em meu quarto já tentando me convencer - Acho preciso de ajuda pra mostrar pra Elena à magia.

- Acho que não vai rolar não morena - falo enquanto pegava as coisas em cima da minha cama e as colocava no chão.

- Mas Vio - insistiu novamente.

Antes que eu falasse algo minha cicatriz começou a doer mais forte do que normalmente e eu acabo caindo de joelhos no chão.

- Violette? - ouço a voz preocupada de Bonnie.

Fecho os olhos tentando deixar mais forte as minhas barreiras em minha mente. Acabo caindo deitada no chão com a mão em minha cicatriz.

Logo vejo fleches de imagens, todas eram de meus pais morrendo. Meu pai sendo atingindo por um avada enquanto tentava impedir Voldemort de chegar ao andar de cima. Mamãe ficando em minha frente e eu segurando meu irmão em meus braços. Não precisava ser um gênio para saber quem era que estava tentando invadir minha mente.

- SAIA DA MINHA MENTEEEEE - grito e a dor para repentinamente, mas começo à ficar inconsciente.

Mas antes ouço lá longe vozes gritando e implorando por ajuda. Quem está gritando? Por que eu não consigo reconhecer as vozes?

Os gritos pararam e o silêncio reinou.

Violette Potter em Mystic FallsOnde histórias criam vida. Descubra agora