⭐Boku No Hero Academia One-Shots, Imagines, Cenários e Preferences⭐

4. Quando Se Conhecem ❄️ (Todoroki) 🔥

Todoroki Shoto - "Almoço Gelado"

O exame de entrada para a U.A. parecia o inferno na terra! Tinhas acabado de começar os teus projectos heróicos e atiravam-te para uma cidade sintética para destruir robôs? Que loucura!

Mas, com certeza, tinhas os teus motivos e a tua carta na manga para seres heroína. A tua peculiaridade era rara, incompreendida e chamativa, à qual o teu pediatra chamou "Manipulação de Energia". Era uma peculiaridade confusa, facilmente confundida com Telecinesia, com amplas possibilidades para utilização. Por exemplo compressar uma massa de energia até o máximo e liberá-la em uma explosão invisível. Ou fazer dela uma plataforma e correr em cima dela pelos ares... Para simplificar, tu podes materializar a energia, que é algo abstracto, tornando-a algo palpável, uma extensão da tua força e movimentos. Só tinhas uma fraqueza com isso. Por algum motivo bizarro, toda a vez que activavas a tua peculiaridade o teu cabelo e olhos brilhavam num azul-pálido, tornando impossível para ti utilizá-la despercebidamente...

Destruir robôs para ti seria tarefa fácil.

E, claro, foste admitida para a U.A. Não tinhas lá muitos pontos por resgate, porque estavas concentrada no que achavas ser o objectivo do exame de admissão - destruir robôs sem piedade - mas o resultado era óptimo e já entravas com o pé direito. O primeiro dia foi estranho, estvas na turma 1-B do Curso de Heróis e a escola era enorme. Aparentemente, apenas as turmas A e B continham os promissores futuros heróis, enquanto as restantes turmas não passavam de Estudos Gerais e Suporte, o que dava uma sensação amarga. A turma A era composta por alunos com notas muito altas, peculiaridades chamativas e alunos que entraram por Recomendação, o que já passava aquela sensação elitista...

Mas então...

Vermelho... Branco... Azul... Cinzento... Tudo numa pessoa só! Quem era aquele? Parecia tirado de um livro de fantasia! E de repente, tudo ficou frio, frio o suficiente para fazer-te tremer. Ele materializava grandes quantidades de gelo, pelo que pudeste ver (espreitar) nos exercícios da turma 1-A. Mas o gelo não vinha só do movimento das suas mãos e pés, o gelo estava nos seus olhos. Ele era deveras habilidoso e estavas impressionada com os seus olhinhos desiguais, mas o seu olhar era sério. Parecia ser um tanto frio de facto, frio de personalidade, mas impressionante.

"Todoroki Shoto", ouviste alguém dizer o seu nome. Todoroki...? Todoroki como Enji Todoroki, o famoso Endevour? Parando para pensar, a sua metade esquerda lembrava a ele, mas ele tinha a peculiaridade de gelo...

Encarando os factos, era tudo muito conveniente para ele. O jovem génio, da melhor turma, de uma das melhores escolas, filho do famoso segundo melhor herói, com uma incrível peculiaridade. E aquele olhar frio, não seria então... Arrogância? O teu estômago contorceu-se com a ideia. Que sociedade injusta. Tinhas muito que treinar.

Chegou o horário de almoço. Dirigiste-te para a cantina do herói Lunch Rush e viste o Todoroki Shoto sentado, tão só, a encarar a sua comida seriamente. Pensaste que talvez devesses ir sentar com ele. Ele estava sozinho, a cantina estava cheia... Tinhas vergonha, mas és corajosa, inspiraste profundamente e andaste decididamente na sua direção.

- Posso? - perguntaste, enquanto olhavas curiosamente para ele. Ele aceitou com um leve aceno de cabeça, sem desviar o olhar da comida. Tu acabas por perguntar - Estás bem...?

- Estou... - ele responde, enquanto tu te instalas à sua frente e pousas a tua refeição na mesa.

- O Lunch Rush... É muito talentoso, não é? - comentas. A atmosfera ao seu redor era muito fria e estavas a tentar quebrar o gelo, mas ele nem sequer olhava para ti. Ele finalmente separou os pauzinhos e começou a comer.

- É - ele respondeu. Engoliste a comida com dificuldade. Falar com ele não era nada fácil. A sua voz parecia gelo a perfurar as tuas entranhas. Que estranho...

- Ah... Então... Estás nervoso para o teu primeiro dia? - perguntas, genuinamente curiosa.

- Não - ele responde.

Está bem, aquela foi a última gota d'água. Ele definitivamente não tinha vontade de falar, era melhor ficares quieta e terminares de comer.

E os minutos de silêncio começaram a passar. Os seus olhos sérios meio abertos pousaram em ti uma vez, enviando arrepios pela tua espinha. Nem sabias dizer se aquilo era um olhar normal ou uma ameaça.

- O que te leva a querer ser heroína? - ele perguntou, muito casualmente.

"Oh", pensaste, "Ele fez uma pergunta. Que inesperado".

- Eu, am... Não consigo ver-me em nenhuma outra profissão, gosto da importância do trabalho de heroína.

- Fama? - ele perguntou, sem mostrar desagrado. Ou qualquer outra emoção, na verdade.

- Não! - respiraste profundamente para não responder-lhe mal - Eu quero ser alguém sim, mas não me esqueço de que quero salvar e ajudar os outros.

- An... - ele faz com uma expressão vazia.

- O que me faz lembrar... - começas timidamente - O teu nome...

- Todoroki Shoto - ele diz, sem saber que já sabias disso.

Após dizeres-lhe o teu nome, prossegues com o que lhe ias dizer:

- Então tu serias o filho... - ele parece apertar mais os pauzinhos no punho fechado, mas tu prossegues - ... Do Endevour, certo?

- Sim - ele responde.

- Uau, tens tanta sorte... - finalmente deixas vazar a tua opinião sobre ele - O teu pai, o perfeito professor de heroísmo... Tens sorte, muita sorte...

Tu eventualmente percebes que o seu punho fechado estava a tremer e paras de falar. Para completar, os pauzinhos partem-se sob a pressão que ele faz.

- Tu... - ele rosnou assustadoramente - Não sabes de nada...

- Porquê...? - tu perguntas, ofendida mas um tanto preocupada.

- Tsc, deixa-me em paz - ele diz.

Cai um silêncio pesado, durante o qual vocês fitam o tampo da mesa. Nenhum de vocês toca na comida. Aquela tinha sido certamente a pior conversa da tua vida.

- Eu só queria... - tu olhas para ele, mas a sua boca forma uma linha fina comprimida e ele olha para o chão - Arrogante.

Ele arregala os olhos para ti, mas tu levantas-te e vais-te embora. Para onde não sabes. Não consegues decifrar qual a emoção nos seus olhos, mas não queres ficar para descobrir. Não querias voltar para a cantina, por isso nem sequer almoçaste bem naquele dia e ficaste com fome. Encará-lo outra vez, só se fosse para provares ser melhor do que ele.

Tão bonito, tão elegante, tão... Tão horrível.

Fim!

Desculpem-me pelo angst, mas eu quis ser fiel à sua personalidade antes dele resolver o seu complexo com o pai. Nos próximos capítulos (aqueles que eu não baseio em pedidos) vou melhorar este cenário! 😁

O próximo será Eijirou Kirishima! ❤️

Façam os vossos pedidos para One-Shots ou Imagines/Preferences. ❤️