⚛ Three ⚛

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Taehyung POV's

Depois de sair da casa da San, andei pelas ruas sem rumo, minha coragem de voltar para casa e dar explicações para minha mãe era pouca. Já faziam três dias que eu estava simplesmente obcecado em seguir aquela menina, sinto uma forte atração por ela, tenho vontade de tocar...e sentir seu corpo colado ao meu, mas sei que ela jamais aceitaria isso. Não sou um maníaco ou um louco, mas estou começando a ser.

Meu olhar estava cravado em meus pés, eu andava com as mãos nos bolsos e eu sabia que eu iria congelar se não encontrasse abrigo. Vi corvos em cima dos telhados de algumas casas, eles pareciam estarem vendo um partida de futebol, em que eu sou o atacante, pois observavam meus passos e movimentos.

Ouvi um barulho esquisito, parecia ser de coisas de arrastando, algo parecido com cobras atrás de presas. O barulho se intensificava, e vinha de trás, olhei rapidamente para trás, e vi um garoto, ele era tão pálido e claro que quando a luz da lua batia contra sua pele, a mesma brilhava. Parei de andar, virei-me para observar a curiosa cena.

Ele andava tão lentamente, que estava me dando sono. Ele parecia estar em uma espécie de transe, pois seu olhar estava perdido, sua boca entreaberta e suas roupas rasgadas davam a ele uma ar de pobreza.

— Você está bem? – Ao ouvir minha voz, ele levantou a cabeça, e pude vez com mais detalhes seu rosto. — Precisa de ajuda? – Me aproximei. — Eu posso te ajudar... – Senti um impacto contra meu peito, o vento bagunçar meus cabelos mais ainda, e o chão bater contra minhas costas, ele havia me arremessado.

— Não se aproxime! – Caminhou até a mim. Me olhou por breves segundos enquanto eu gemia de dor, pisou em meu pulso, fazendo a corrente sanguínea se limitar. — Queria arrancar esse seu pescoço, mas tenho que procurar minha bela figura. – Pisou mais forte no meu pulso, e fez um corte no mesmo, apenas com um pisão. Ele começou a dar passos para ir embora, mas eu agarrei seu calcanhar, algo me dizia que eu deveria mantê-lo ali.

— Não vá. – Sussurrei. — Não me deixe aqui... – Senti um chute no meu abdômen.

— Calado! – Gemi mais uma vez, estava ficando assustado com tamanha força daquele garoto, que parecia ser tão inocente, mas que estava me dando calafrios com seu olhar sombrio. — Você não passa de um cachorrinho que protege sua bela. – Que tipo de comentário é esse? Cachorrinho? — Onde está ela?

— Ela quem? – Tentei me levantar, mas o esforço foi em vão.

— Sua bela figura. – Riu.

— Bela figura? – Franzi o cenho, pondo a mão na barriga, doía muito. — Do que está falando? – Ele se agachou e me encarou.

— Ora, temos aqui um guardião... – Um sorriso largo formou-se na sua face, seus dentes pareciam de coelhos, ri comigo mesmo ao pensar nisso. — Você não sabe quem é?

— Claro que sei. – Respondi de imediato. — Você não está falando coisa com coisa menino. E por que ousou me bater?

— Veja bem...digamos que logo logo você vai se dar conta de quem você é, recomendo que volte a casa da menina que você se sente atraído, antes que eu chegue primeiro. – O garoto, correu, tão rápido quanto a luz.

Me levantei com dificuldade, minha mão sangrava e meu corpo todo doía. Eu sentia uma vontade imensa de procurar por San, mas me contive. Caminhei pela rua vagarosamente, ainda tentando entender o que o moleque havia dito.

My Bad AlienOnde histórias criam vida. Descubra agora