⚛ Five ⚛

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Taehyung POV's

Me aproximei de San e beijei sua testa, acariciei brevemente suas longas mexas negras, ela se mexeu um pouco e eu me distanciei para não acorda-la.

— Taehyung? – Ela sussurrou sonolenta, ainda de olhos fechados.

— Shhh...durma. – Toquei sutilmente sua bochecha. Ela assentiu, e voltou a dormir. Sorri, e voltei a olhar para janela, a menina agora olhava exatamente para onde eu estava, porém não me encarava. Ela não tinha nenhuma expressão, a luz do poste iluminava seu rosto, e ela tinha realmente traços ocidentais. Saí rápido do apartamento, desci as escadas mais rápido do que eu imaginava, preciso me acostumar com esses poderes. Ao chegar no portão, pulei o mesmo, pois estava trancado. Atravessei a rua encarando a menina, ela gentilmente sorriu para mim, mas eu não confiei naquele sorriso, ele era falso.

— Pode tirar a máscara seu nojento. – Ordenei. — Você não me engana.

A menina gargalhou, uma gargalhada aguda e amedrontadora, falsa.

— Você acertou na mosca. – Sua voz não era de criança, e sim de homem. — Vamos brincar um pouco. – Olhou para janela do quarto de San.

— Não! Não ouse se aproximar dela. – Dei dois passos a frente, cerrei os punhos, senti meu sangue fervendo.

Gargalhou outra vez, porém de forma gananciosa e sarcástica.

— Então quer dizer que você descobriu o enigma que se escondia em você?! – Virou-se e ficou a uns dois metros de mim, seus olhos negros refletiam ódio. — Consegue me enfrentar?

— Para defender a San, eu enfrento tudo. – Confessei.

— Vamos começar o show. – A menina começou a mover os braços pra cima, as pernas desmembraram-se, a cabeça rodou em um ângulo de 180°, em alguns outros movimentos, lá estava, o homem do sorriso de coelho. — Gostou da transformação? – Riu cínico, transmitia frieza e prepotência em sua maneira de falar. Deu passos a frente, ficamos rodando no meio da rua, um analisando os movimentos do outro. Eu não sabia o que fazer, eu suava frio, como conseguiria mata-lo sem ao menos saber controlar meus poderes? Ele pulou em mim, suas garras estavam a centímetros do meu ombro, porém eu desviei. Ele caiu de cara no chão, sorri brevemente da forma desajeitada como ele caiu.

O adversário levantou-se, tinha um semblante de raiva, o rosto arranhado. A brisa gélida me fez arrepiar, as pontas de meus dedos estavam geladas e pareciam estarem congeladas. Resolvi tentar engana-lo, ou talvez até mesmo irrita-lo, assim ele perderia a paciência e iria embora. Comecei a pôr meu plano em prática, ele tentou me acertar com um chute no estômago, porém eu segurei seu calcanhar e virei o mesmo, tentando deslocar o osso, mas ele se livrou de meu toque, ao cair rodopiou sua perna direita, como se fosse uma "rasteira", mas eu pulei.

O garoto bufou, e ajeitou seu casaco branco, que já estava sujo e empoeirado. Continuamos a rodar, um olhando nos olhos do outro. Algumas vezes eu olhava para a janela, queria ter a certeza de que San não estava lá. Porém, em uma dessas vezes, o caçador pulou em mim, senti seu peso sobre mim, sua garra tocar meu rosto, eu apertei os olhos esperando a dor, mas ela não veio. Abri lentamente os olhos, e o garoto estava com os olhos esbugalhados, a boca entreaberta, a pele cinzenta e cintilante, ele suspirou e ainda de olhos arregalados caiu ao meu lado. A minha frente um homem muito alto, de pele clara tinha em mão uma lança aparentemente feita de prata, e ensaguentada. O homem tinha o olhar vazio, não transmitia nenhum tipo de sentimento. Com dificuldade, levantei. Percebi que havia sido salvo por aquele homem.

My Bad AlienOnde histórias criam vida. Descubra agora