Capítulo 13

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– CASTIEL!CASTIEL! CASS! CASS! – Dean corria pelas ruas a procura de seu ômega, já havia dado tantas voltas que seus pés doíam.

          Andou por muito tempo, talvez horas, mas não via nenhum sinal de seu ômega, deixou-se cair sentado em uma calçada e chorar como nunca. Quem passasse por ali naquele momento estranharia um alfa chorando sentado pelo chão, mas o Winchester não ligava para nada naquele momento. Até que alguém tocou seus ombros, ele olhou pra cima e viu Stefan, um dos funcionários da loja, ele estava todo machucado e seu rosto estava todo arranhado.

– Dean, venha se levante! – Chamou estendendo a mão e puxando o alfa que se levantou surpreso e preocupado com a situação do cliente.

– Stefan, o que houve seu rosto?! – Dean disse tocando o rosto do outro com cuidado e ele guinchou pelo toque. – Desculpe.

– Tudo bem, foi um garoto maluco por aí. – Stefan declarou tocando levemente o próprio rosto.

– Como ele era? – Dean se encheu de esperança, obviamente não seria uma pessoa comum para causar aqueles arranhões.

– Estranho, ele parecia que tinha orelhas de gato. Acho que era um híbrido, aquelas coisinhas raras. – Stefan fez uma cara reflexiva como se tentasse se lembrar das características do seu suposto agressor. – Sabe, ele parece um pouco com aquele garoto que esteve na sua loja uma vez.

          Dean segurou os dois braços do outro alfa e olhou fundo para ele.

– Onde você o viu?

– Perto da rodoviária, mas espero não vê-lo mais, eu só queria ajudá-lo e veja o que ele fez comigo. – Stefan começou a fazer drama mostrando os braços também arranhados.

        Talvez ele tenha aumentado um pouco a quantidade de ferimentos em seu corpo.

– Espera, ele fez isso com você? Olhe aqui. – Dean pegou o celular e mostrou uma foto do híbrido.

– Foi ele, foi esse cara! Sabia que já tinha o visto, eu fiquei na dúvida e fui conferir, já que ele parecia muito nervoso como se tivesse medo de ser pego.

– Não, não pode ser! Você tem que ter se confundido, o Castiel não faria isso. – Dean olhou a situação do funcionário.

– Tem arranhões na minha cara e no meu corpo que dizem o contrário, eu deveria denunciar esse cara, mas ele entrou na droga daquele ônibus com um cara. – O alfa falou enquanto consertava a barra da blusa.

– Como assim? – Dean ficou confuso com aquela confissão.

– Não sei, ele é louco. Não sei de onde o conhece, mas deve rever seus conceitos de amizade. Ele dizia que deu certo, que o plano tinha dado certo.

– Plano?

– Não sei, só sei que foi o que ele disse para o outro cara, um beta.

– Que história é essa? Que outro cara?

– Não entendi direito, mas parece que tinha haver com enganar um alfa, só pelo cio, sei lá. Ele é uma puta, só posso garantir isso. Tem que ser muito cara de pau. A não ser que... – Stefan disse olhando para um Winchester confuso que parecia cair em sua lábia. –... era você, Dean?

– Não é verdade, não pode ser verdade! Você está mentindo! – Dean pegou o alfa pelo pescoço e o empurrou até uma parede.

– Dean! Para! – Stefan pedia tentando afastar a mão do Winchester.

– Ele não fez isso comigo, diz que é mentira! – Os olhos de Dean estavam dilatados de raiva, seu lobo dominado pela decepção.

– De..an me sol..ta, está me mac..chucando. – Stefan batia nos braços do alfa que em um lampejo de consciência soltou o outro.

           Dean respirou fundo algumas vezes tentando controlar seu lobo interior, seus olhos aos poucos voltando a sua cor original e sua respiração se regulando. Assim que olhou para trás viu Stefan esfregando o pescoço e curvado como se buscasse mais oxigênio.

– Me desculpe, me desculpe Stefan. Só me deixe sozinho. 

– Dean, está tudo bem. Posso te ajudar?

– Vai para casa Stefan, eu posso machucar você e pouco importa se você é alfa.

– Mas...

– VAI AGORA CARAMBA!!!

– Tá, desculpe. – Stefan abaixou a cabeça e foi embora.

         Com a mente em chamas Dean chegou em casa com raiva, o cheiro do ômega em todo o ambiente, eu seu quarto estava pior, lembrou de cada canto em que fodeu o ômega, cada vez que declarou um eu te amo. Sentiu sua raiva crescer e começou a destruir tudo que encontrava pelo caminho, sentia as lágrimas molharem seu rosto, a última vez que se lembrava de chorar dessa forma foi quando aquilo aconteceu com seus pais. Agora não ele não iria mais chorar por um ômega que o fez de trouxa, não iria mesmo. Iria fazer tudo diferente precisava acalmar seu lobo e optou por fazer isso da pior maneira, indo para um bar.

Castiel: Meu pequeno híbridoOnde histórias criam vida. Descubra agora