Capítulo 14

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### ESSE CAPÍTULO PODE CONTER GATILHOS, A SABER: PROSTITUIÇÃO, ABUSO, DROGAS E VIOLÊNCIA. ###


– Meg eu não posso usar isso! É muito curto, muito aberto, resumindo eu estou pelado. – Castiel resmungou escondendo-se atrás do biombo.

– Cass, essa é a roupa mais longa que tem aqui. – Meg avisou com pena do garoto.

– Hey bitch cheguei. – Kennedy disse vindo com uma peça tão fina que praticamente não tapava nada.

– HORA DO SHOW VADIAS. – Crowley falou batendo/ esmurrando a porta e entrando no ambiente.

          Todos começam a sair para ocupar suas posições, quando os três iam saindo Crowley pegou o pulso do moreno e apertou forte o fazendo gemer de dor.

– Você vem comigo, vou te domesticar gatinho. – O homem disse passando a língua nos lábios.

– Você não pode fazer isso Crowley! – Meg interveio e levou um soco que a fez cair logo sendo amparada por Ken.

– NÃO! – Cass gritou tentando se livrar do homem.

– Não grite comigo vadia. – O de preto disse e deu um tapa na face do híbrido. – Agora vamos.

          Crowley praticamente tentava arrastar o Novak dali.

– Não faça isso Crowley, ele não vai aguentar, ele ainda não sabe como as coisas aqui funciona. – Kennedy defendeu o novo amigo.

– Ele não é virgem. 

– Não me refiro a você foder ele. – Ken declarou se controlando para não dar uma resposta a altura.

– Não vai estragar minha noite.

– Não faça isso com ele, me leve no lugar dele. – Kennedy pediu.

– Não Kennedy. – Meg disse preocupada com o amigo.

– Do que vocês estão falando? – Cassie perguntou e foi ignorado.

– Pensando melhor ele precisa de umas aulas, você vem comigo então. – Crowley sorriu sarcástico e liberou Castiel, mas pegou Kennedy. – Vocês dois irão para um dos palcos, só que antes vamos deixar esse gatinho mais solto.

– O que? – Castiel perguntou e antes que pudesse fazer algo sentiu uma picada em seu braço.

        Logo um brutamontes apareceu e levou Meg e Castiel para a boate, mas especificamente para um palco com uma barra de pole dance. Vários alfas e betas começaram a assobiar e jogar notas tentando tocar nos dois, mas algumas vezes apareciam alguns dos seguranças e impedia que isso acontecesse.

– Meg, o que ele aplicou em mim? – Ele perguntou sentindo-se perder um pouco do controle racional sobre seu próprio corpo.

– Te drogaram Cassie. Você precisa entrar no papel. – Ela declarou tentando ajudar o outro.

– Eu estou com vergonha. Eu preciso sair daqui. – O Novak implorava quase que a ponto de chorar.

– Não Cass, eles vão te espancar se não fizer isso. Eles podem acabar te matando e jogando seu corpo em uma vala. 

– O que eu tenho que fazer? – Ele perguntou respirando fundo para tentar se controlar

– Dançar.

– Eu não sei dançar Meg. Essa droga...

– Só rebole Cass, siga meu ritmo. – Ela falou basicamente orientando-o recebendo um olhar negativo de alguns outros dançarinos.

          O garoto ficava cada vez mais leve e se remexia cada vez mais ao som da música, a droga espalhava em seu corpo o deixando totalmente fora de si, o que deixava aquela tarefa mais possível. Ele era inexperiente, mas era sexy e para um bando de tarados já era um prato cheio. O Novak queria sumir, esperava que uma cratera abrisse sobre seus pés e o engolisse, seus olhos não conseguiam focar em nada a sua frente e sua cabeça ficava cada vez mais leve. Um alfa aleatório veio e tocou-o, mas um segurança brutamontes o segurou e afastou dos dois no palco.

– Só pode olhar, se quiser tocar tem que pagar.

– Eu pago.

– Ótimo. Vem comigo. – O brutamontes pegou Castiel ignorando os apelos de Meg. – Aqui está faça bom proveito.

         O alfa pegou o ômega e o levou para um quarto, em momento algum Castiel olhou nos olhos dele. Quando a porta foi fechada, o híbrido foi até um canto de parede chorando e apenas pedia:

– Por favor não faça nada comigo, por favor.

           O alfa chegava mais perto e segurou cautelosamente os pulsos do ômega os afastando do seu rosto.

– Olhe para mim.

– Não, por favor, eu não sou prostituto. Isso é um engano, não me toque!

– Estou mandando, olhe para mim!

– Faça logo o que for fazer, mas não me faça olhar para você.

– Eu não vou te estuprar, apenas olhe para mim. Abra seus olhos Cass!

       O híbrido poderia até ponderar se era uma verdade ou mentira, mas o medo e a droga em seu sangue o impedia de raciocinar. Então levantou seus olhos e focou em duas orbes verdes que ele amava, mas o dono daqueles olhos ficava cada vez mais distante.

– Dean?

– Cass! O que você está fazendo aqui? Você fugiu? Quem era o beta? – O alfa queria entender tudo.

– Eu não fugi Dean, eu... eu... soco... – Castiel tremia nos braços de Dean até que desmaiou.

– Baby? Cass? Fala comigo! Cassie!

Castiel: Meu pequeno híbridoOnde histórias criam vida. Descubra agora