Capítulo 9 (parte 2)

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Max

A reunião tinha sido frustrante.

Cheguei em casa já eram vinte horas, a investigação sobre a morte do funcionário do resort estava parada pois não tinham provas suficientes para incriminar alguém, só o depoimento do funcionário testemunha não era suficiente, a pessoa que fez isso, o fez bem executado, sem digitais, sem deixar rastros.

Archer ainda batia na mesma tecla e acreditava que estávamos sendo sabotados.

Eu só queria resolver esse assunto de uma vez por todas e terminar essa construção que parecia cada vez mais longe de acabar.

— Inferno. — Bati com o punho fechado no volante do carro frustrado.

Odiava ficar no escuro, essa ou essas pessoas que estavam querendo acabar comigo estavam a um passo à nossa frente.

Minha cabeça estava latejando, essa reunião foi uma merda, e a Srta. Anne não saia da minha cabeça, mesmo no momento mais inoportuno lá estava ela, com aqueles olhos azuis e aquela boca sedutora.

Desci do meu carro na garagem e segui para o elevador privativo, digitei o código e quando a porta estava preste a se fechar alguém colocou a mão e a porta se abriu novamente. Grunhi fechando os olhos.

Mas que merda mesmo, será que hoje não conseguiria chegar na porra do meu apartamento. — Praguejei.

— Boa noite vizinho. — Abri os olhos e uma morena que nunca tinha visto me saudou com um sorriso sedutor, usava um vestido azul curto moldando suas curvas.

— Boa noite. — Respondi simplesmente, não estava afim de fletes essa noite, não queria ser rude com ela também.

Archer disse que eu estava com o humor do cão. E eu tive que concordar com ele.

— Sou Cátia, me mudei para o prédio essa semana. — Ela digitou seu código no painel com as unhas pintadas de vermelho.

— Maximus. — Respondi secamente depois de ver que ela ainda aguardava uma resposta da minha parte.

— Eu até poderia te convidar para tomar um drinque comigo, mas creio que pela sua cara não é uma boa hora, acertei? — Ela me examinou da cabeça aos pés.

— Olha, Cátia ... não é? — Ela concordou com um maneio de cabeça.

— Eu não seria uma boa ... — Comecei, mas ela me interrompeu pousando um dedo no meu lábio.

— Shh, eu vou adorar te conhecer melhor Maximus, meu convite está de pé, quando quiser é só aparecer. — Falou passando a mão no meu paletó, ela puxou um cartão de dentro da sua bolsa e colocou-o no meu bolso.

— Meu cartão, é só me ligar. — Piscou.

— Eu fico nesse andar. — Falou quando o elevador abriu as portas no sétimo andar. Saiu rebolando do elevador dando um sorrisinho safado.

Sorri irônico, se fosse em outro momento eu teria saído com ela do elevador e aceitaria conhece-la melhor, mas não hoje.

Ela abanou a mão e piscou um olho sumindo da minha vista quando o elevador voltou a fechar as portas.

Ao chegar no meu andar ainda sorria ao lembrar da Cássia... ou seria Cátia? Tanto faz, as mulheres eram todas iguais, sempre queriam conhecer um homem, e mais os com dinheiro escrito em negrito na testa. "Sou podre de rico". Será que a Srta. Anne também era assim?

Mas é claro que era, porque não seria? Sorri ironicamente enquanto destrancava a porta.

Abri a porta do meu apartamento e joguei meu casaco no encosto da poltrona, segui para o bar e me servi de um copo de whisky duplo, estava precisando depois do dia agitado, a Srta. Anne me veio à mente mais uma vez, aquela boca provocativa que pedia para ser beijada, levei o copo até os lábios e tomei um longo gole da minha bebida, me lembrando do seu gosto, de suas curvas colada ao meu corpo e de como ela me correspondeu, quando fui tomar o resto da bebida, quase engasguei.

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