Sirius Daughter

1 - Strays, ladies and love

[N.A: Oi gente! Sejam bem vindos à nova versão de Sirius' Daughter! Antes de irmos para o capítulo, só um conselho: ignorem a fic anterior. Essa e aquela não têm nada a ver. Ah!, e agradecimentos especiais à Cecilia895 pela capa maravilhosa. Até mais!]

— Essa é a quinta rodada dele — disse o barman, olhando para o homem caído na mesa.

— Eu cuido disso. Você pode fechar tudo?

O cliente em questão não estava na quinta rodada. Essa já fora há muito tempo. Geralmente, o gerente do bar não se importava com o quanto os fregueses bebiam desde que pagassem por todo o consumo, mas aquele era especial. Como poderia deixar de se importar com seu melhor amigo?

— Tem algo para me dizer?

Ele o conhecia bem. Sabia que seus abusos no álcool eram reservados para coisas grandes, boas ou ruins.

— Ela se foi.

— Eu fiquei sabendo.

Então era por isso. O gerente se sentou, olhando direto nos olhos azuis do outro, tentando decifrar como se sentia.

— Veio afogar as mágoas?

Arrependeu-se de ter perguntado no mesmo segundo. E pensar que conseguira ser discreto por meses para jogar tudo fora em três segundos.

— Comemorando.

— Isso é... bom — ele se permitiu sorrir.

Provavelmente, ele não deveria ter dito isso, mas seus muros já estavam para ruir mesmo, então por que não derrubá-los de uma vez?

— Seu sorriso é lindo. Você é lindo.

Então o gerente hesitou. Falar besteiras comprometedoras era uma coisa, corar por um elogio vindo de um bêbado era completamente diferente disso, e ele não se submeteria àquilo.

— Diz isso porque está bêbado.

Deu-se um tapinha mental nas costas pela saída ligeira. Até que não estava tão perdido assim.

— Talvez. Pergunte-me sobre isso amanhã. Estou com sono agora.

— Vou levá-lo para casa.

Como o bom amigo que era, Remus levou Sirius até sua casa e colocou-o para dormir no sofá. Foi para seu quarto, exausto pela noite e madrugada longas no trabalho, mas ainda com as palavras de Sirius frescas em sua mente. "Seu sorriso é lindo. Você é lindo".

Bem, dizem que quando o álcool entra, a verdade sai, concluiu. Sirius o amava? Talvez. Apesar da regra geral dos bêbados, o tempo lhe ensinou uma valiosa lição: com Sirius Black, tudo era diferente.

***

Era um adeus. Um definitivo e doloroso adeus. Marlene estava deixando para trás a vida que conhecia, a vida de bruxa. Foi um choque para seus pais, mas ela sentia que era o melhor para o seu futuro.

Deixar a Inglaterra, o namorado, a família, os amigos, e ir para os Estados Unidos começar sua linha de roupas.

Foi algo repentino e brusco, como ela queria que fosse. Disse adeus apenas ao namorado, desejou-lhe toda a felicidade do mundo e entrou no táxi. Eles frequentavam o mesmo círculo, ela sabia que podia contar com ele para espalhar a notícia.

Apesar de ter atado todos os nós antes de ir, não tinha a consciência tranquila, porque um pequenino detalhe, apesar de não ter passado em branco, não foi verbalizado, e isso a estava matando.