Luxury Bitch [L.S]

Capítulo 31.

No dia seguinte.

Entrei devagar no quarto em que Harry estava, ele ainda não havia acordado, mas só saber que ele estava fora de perigo já me era bem reconfortante.

Me movi para mais perto e fiquei observando seu belo rosto, ele dormia de forma tão calma que mais parecia um bebê, ou um anjo, se preferir.

Passei a mão em seu rosto tirando delicadamente alguns fios do seu cabelo que haviam caído ali. Comecei a acariciar a bochecha de Harry, sempre tive uma queda pelas covinhas dele.

Suspirei me afastando e me sentando em um sofá pequeno e branco que ali tinha. Eu passei a noite com ele, consegui persuadir Anne e minha mãe a me deixar ficar.

Acho que elas só concordaram porque tem uma poltrona que serve quase como uma cama para mim.

Sai do quarto apenas agora pouco para tomar café da manhã, sabendo que precisava me manter saudável se eu quiser que elas me deixem passar mais tempo com ele.

Liguei a TV e fiquei passando os canais. Até encontrar algo que prendeu meu interesse.

"O NAMORADO DE HARRY STYLES FOI SEQUESTRADO.

Segundo fontes, o jovem estava no banco quando os ladrões reconheceram ele e o levaram. Eles pediram um resgate e Styles levou até o local marcado, infelizmente era uma armadilha e os bandidos perceberam antes de Harry e Louis se esconderem. Os dois acabaram levando um tiro cada um. Conversamos com a mãe de Harry, Anne Styles:

— Sra. Styles, seu filho e o namorado estão bem?

— Harry passou por uma cirurgia mas já saiu dela e está no quarto descansando. O tiro de Louis foi de raspão e só precisou de um leve curativo.

— Obrigada, Sra. Styles.

Voltamos com mais informações logo mais."

Desliguei a TV e coloquei o controle ao meu lado.

— Louis? — Uma voz rouca e bem baixa soou. Levantei em um pulo e corri até o lado de Harry. — Onde eu...

— Shh... Não precisa falar nada, sem fazer esforços. — Sorri só em ver seus belos olhos verdes.

— Minha mãe? — Ele olhou em volta um tanto confuso. — E Gemma?

— Foram para casa descansar, minha mãe e minha avó também. Liam vem pela tarde para que eu vá descansar um pouco. — Expliquei com a voz baixa.

— Você está bem? Lembro de ver você sangrando. — Suspirei quando o olhar dele foi para meu curativo. Ele levantou o braço e passou a mão levemente. — O que foi isso?

— Um tiro passou de raspão. — Encolhi os ombros não ligando. O importante era que Harry estava bem, e vivo.

— Dói muito? — Neguei mordendo o lábio inferior. — E comigo? O que aconteceu?

— Você levou um tiro no peito que pegou em uma artéria próxima ao coração. — Expliquei calmamente. Minha postura no momento lembrava minha mãe quando falava comigo quando eu era criança.

— O que perdi nesse tempo? Dormi demais? — Tornei a negar, mas desta vez em meu rosto se formava uma carranca.

— Dormiu de menos, na verdade, mas não perdeu muito. — Encolhi os ombros e quase tive um ataque do coração quando ele afastou para o lado.

— Senta. — Ele murmurou, eu me afastei abanando as mãos enquanto negava com a cabeça repetidas vezes. — Senta logo. — Ele revirou os olhos. Continua o mesmo mandão.

Me sentei e fiquei acariciando seu rosto, ele estava com os olhos fechados apreciando meu toque.

Por um segundo passou em minha mente a proposta que recebi. Eu iria esperar uns dias para ver se Harry estava bem, então iria ligar para Heloísa para saber melhor, e só então contaria a Harry.

Alguns dias depois.

— Oi, meu bem. — Entrei no quarto de Harry.

Fazia quase uma semana que Harry estava aqui no hospital, mas sua recuperação não podia estar indo melhor. Enquanto eu estava em casa liguei e falei com Heloísa.

E depois de tudo o que conversamos, eu realmente quero aceitar a proposta.

— Estava com saudades. — Ele disse, eu senti minhas bochechas esquentarem com a demonstração de carinho. — Tem algo errado? — Ele questionou quando sentei ao seu lado na cama.

— Tem algo que não te contei. — Suspirei quando ele entrelaçou nossos dedos, parecem perfeitos juntos.

— Fale então. — Ele leva nossas mãos para cima e passa as costas da própria mão em meu rosto.

— Enquanto você estava na cirurgia, eu conversei com uma mulher. Eu esperei uns dias e liguei para ela, e ela me fez uma proposta para ser modelo. — Por seu sorriso posso ver que ele gostou. — Mas tenho que ir para Paris. — E então seu sorriso some.