Capítulo 12

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O sábado começou como todos os outros. Agitado. Louça para lavar, roupa para pôr na máquina, roupa para dobra e guardar. De quebra e não menos importante, tinha almoço para fazer.

Enquanto Sophia a saltava no sofá, eu tirava a lasanha do forno. O telefone no bolso de trás do meu short vibrou me assustando, e terminei por queimar meus dedos no refratário de vidro quente. Solto um grito de dor e Sophia corre preocupada.

Com dor e com raiva, coloco o refratário sobre a pia e enfio minha mão debaixo da torneira, aliviando o ardor com água fria. E meu celular volta a tocar no bolso do meu short.

— Filha, atenda aqui, deve ser sua madrinha. — Peço a Sophia, enquanto mantenho meus dedos debaixo da água corrente.

— Bom dia, Flor do dia. — Sophia atende com seu comprimento de sempre. — Sim... há.... sei.... Mama, queimou a mão.... Não sei.... Tá cholando ... não .... hummm .... tá certo... sei não.... Eu gosto... pode ser... tudo bem... certo.... um beiju — Ela diz desligando.

— Filha, sua madrinha vai ligar depois? — Pergunto olhando para as bolhas nas pontas do meu dedo.

— Era dinda não.... — Ela diz, arrastando uma cadeira para subir e ver minha mão. — era o plíncipe.

— Príncipe? Que príncipe menina? — Pergunto, pegando meu celular da sua mão para ver a chamada. — HÁ NÃO. — Era Enrico, eu havia pego no sono e esqueci de mandar o endereço para ele. Bufo irritada.

Mas eu ainda tinha tempo. Então apresei-me a desligar as coisas do fogão e jogar as roupas na máquina. Mandei Sophia para sala, para ver seus desenhos por enquanto que eu terminava as coisas, para ela poder almoçar. Eu ainda tinha que arrumar a casa, lavar banheiro, ir na mercearia comprar umas coisas que estavam faltando. E depois poderia mandar a mensagem para ele.

Eu estava no quintal estendendo umas roupas, quando a campainha tocou. Tento me adiantar, antes que Sophia abra a porta, mais era tarde demais, quando chego na sala encontro Sophia com a porta aberta e Enrico no batente da porta, carregado de sacolas.

— Plíncipe, trousse meus plesentes. — Sophia diz, saltando e rodopiando.

— E o plíncipe ... conseguiu nosso endereço como? — Pergunto irritada.

— Liguei a Mãe Jurema. — Ele diz com ironia, invadindo minha casa, e jogando as sacolas no sofá. — São todos para você princesa. — Ele diz dando um beijo na cabeça de Sophia e vindo em minha direção. — Deixa eu ver estas mãos. — Ele diz puxando minhas mãos e vendo as bolhas que se formaram nos meus dedos. — Comprei remédio para queimadura, pegue. — Ele diz entregando-me o remédio. — SIM.... Adorei a camisa. — Ele sussurra perto do meu ouvido, se afastando em seguida e invadindo minha cozinha. — Pena que temos uma criança em casa.

Olho para mim mesma, e me toco que estou apenas com a minha camisa velha branca, com uma estampa que diz "Fuck me!" que minha best me deu ano passado de aniversário. Sem sutiã e com um short minusculo, ainda do tempo que eu dançava em Vegas.

— Eu posso saber o que você está fazendo aqui? — Digo virando-me para ele, com os braços cruzados sobre meus seios.

— Eu liguei para pedi seu endereço, visto que você não me mandou ontem como combinado. A princesa disse que você havia se queimado, e eu estava no shopping comprando uns presentes para ela. Fiquei preocupado com você, afinal sou um bom marido. — Rosno um baixo "Va se fuder" e ele me ignora como sempre. — Eu tenho meus métodos. E aqui estou eu! — Ele diz pegando uma garrafa de vinho que estava em cima da pia, olha o rotulo e faz uma careta. — Só não esperava uma recepção tão HOT, da sua parte. — Ele diz mordendo os lábios inferiores e me encarando. — Sabe, aquela foto é bem útil está manhã. Eu já disse que sempre acordo de pau duro? — Ele sussurra passando ao meu lado.

Um Casamento Em Las VegasOnde histórias criam vida. Descubra agora