Capítulo 32

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Meus nervos estava a flor da pele. Eu e Enrico havíamos ido para cama super tarde, alinhando o que iamos dizer para minha mãe,  caso ela fizesse perguntas. Não teria muitas mentiras, apenas algumas omissões. 

Combinamos o jantar tarde, para que Sophia não precisasse participa.


Particularmente, eu não queria Charlie próximo da minha filha e mesmo Enrico insistindo em saber o porquê,  eu consegui ir para MINHA cama, sem dize-lo as razões pela qual queria manter distância. 

Tudo se resume em não confiar em Charlie. Mesmo que ele nunca tenha feito realmente algo comigo, eu tenho consciência que não era por falta de vontade. Eu consigo ainda lembra da forma como ele me comia com os olhos sempre que íamos a praia ou a piscina. Existia desejo em sua forma de me olhar. Apesar de ter coisas que fiz e faço questão de esquecer.
Ainda lembro-me dele entra em meu quarto por diversas vezes, no meio da noite, quando chegava em casa de madrugada.  

Infelizmente mamãe proibiu-me de trancar a porta do quarto durante a noite, depois que os pais de Kassy encontrou Sony, seu namorado, deitado com ela na cama. Aquilo foi um escândalo para a família Damásio .

Os Damásio, uma família respeitada em Las Vegas devido a sua fortuna, jamais aceitariam que sua filha única, de quinze anos, namorasse o filho bolsista do zelador da escola.
E minha mãe como amiga íntima da senhora Damásio achava que manter minha porta aberta na noite, me protegeria de um possivel garoto que saltava janelas na madrugada, quando na verdade eu corria mais riscos com o homem que estava dentro da casa.

Durante o dia, passei em minha casa e peguei alguns porta-retratos e algumas lembranças, que minha mãe sabe perfeitamente, que eu levaria para qualquer lugar.

Eu havia passado na casa de Enrico e entregue os porta-retratos a Dona Valéria e enquanto mastigava um sanduíche improvisado, ajudava ela a espalhar as fotos e as lembranças na casa, para realmente parecer que eu morava ali.

Por sorte, a casa era decorada a gosto da mãe de Enrico e parecia realmente que era um lar e não uma casa de um solteirão, mulherengo.

Dona Valéria tinha desocupado um porta-retrato e colocado a foto do meu casamento com Enrico, ao lado de Elvis, no hall de entrada.

Devo confessar que foi estranho entra em casa depois de um dia de trabalho e dar de cara com aquela foto.
Mas, foi mais difícil ainda, explicar a Sophia que àquele Elvis não era um espírito.  

- Mama, mas Elvis não morreu? ... Como ele pode ter ido no seu casamento e eu não?

- Sim filha... - Digo pela milésima vez. - Esse é um moço que se veste como Elvis. - Digo enquanto coloco seu pijama. - Não o Elvis de verdade.

- Elvis foi pro seu casamento e eu não.  - Ela diz fazendo bico e eu desisto de explicar e deixo Enrico explicar de outra forma, enquanto ele senta na cama com o livro que Sophia escolheu, nas mãos. 

Ele se prontificou de contar uma história para ela dormir, enquanto eu tomava meu banho, para o tal jantar.

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Um Casamento Em Las VegasOnde histórias criam vida. Descubra agora