18 | The Sisterhood of Conditions

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POV Alexandra

— Você acha que existe alguma chance dela aceitar esses termos? — perguntei para o Ed, que estava sentado na beirada da cama.

Estamos no quarto dele, na fraternidade. O resultado da irmandade sai hoje à noite, e eu já sei o que vai acontecer. Mas também sei que preciso conversar com a Reyna antes que ele seja anunciado—seria injusto se eu não fizesse isso.

E por mais irônico que seja, eu não quero não entrar para a irmandade. Passar essa semana conhecendo as meninas e os valores da Alpha Theta melhor mudaram a percepção que eu tinha de fraternidades. Eu passei a gostar mais da ideia de fazer parte de um grupo, principalmente por ser um grupo de mulheres determinadas a serem bem sucedidas e conquistarem espaços masculinos.

Existe uma discussão e ambição política e social por detrás das festas—que não são nada mal—e do estereótipo de "integrante de irmandade".

— Não sei, Lexy — Ed admitiu — Mas acho que se ela fosse aceitar esse tipo de condição, você seria uma das poucas pessoas que teriam uma chance. E dentre as candidatas atuais, você é provavelmente a única.

Ele apertou minha mão e sorriu para mim.

O Ed tinha se tornado uma espécie de porto seguro, mesmo que essa não fosse a ideia inicial. Ele era muito bom de cama—não tão bom quanto o Bieber, mas melhor que todo o resto da minha lista—charmoso, intelectual, e muito autossuficiente—com certeza a qualidade que eu mais gostava nele.

Era impressionante como há dois meses eu pensava em transar com ele e com o Jason e depois pular para os próximos gatos da universidade, e agora eu penso em transar com ele com uma frequência absurda.

Eu gosto bastante de negar certas coisas para mim mesma, mas nesse caso preciso admitir que gosto do Edward. Se isso vai levar a gente à algum lugar, não sei. Mas é uma dinâmica diferente da que eu tinha inicialmente planejado para nós dois, e ela não me incomoda. Estou feliz com a nossa situação atual.

— Eu quero fazer parte da Alpha Theta. A ironia do Universo continua me surpreendendo — brinquei.

Ed riu e se aproximou para me beijar.

— Na verdade, a culpa é toda sua — ele falou após o beijo — Se você não fosse tão cabeça dura, teria visto desde o começo que você pertence à Alpha Theta.

Não neguei, mas não confirmei.

Eu sei que é verdade, e o fato de eu ser cabeça dura era a única coisa que tinha me impedido de ver a irmandade pelo que ela realmente é desde o começo. Mas a minha "cabeça dura" me ajudou em diversas situações, e eu gosto de me manter firme nas minhas crenças e opiniões até que elas sejam provadas erradas por A mais B. Eu acredito muito na minha intuição, e até que alguém consiga me mostrar de forma clara que estou errada, prefiro seguir com a minha opinião.

Existe alguém no mundo que eu possa confiar mais do que eu mesma? Claro que não.

— Acho que cansei de conversar — murmurei, puxando ele pela blusa para mais um beijo.

Passei uma das mãos pelos cabelos do Edward, trazendo seu rosto ainda mais perto do meu, e ele respondeu trazendo também seu corpo para perto e o inclinando em cima do meu. Nós dois fomos deitando aos poucos, sem romper o beijo. Uma das mãos dele apertava a minha cintura, e a outra ele usava para se apoiar na cama para manter o corpo dele sob o meu sem descarregar seu peso em mim.

Só paramos quando ouvimos batidas fortes na porta. Eu e Edward olhamos um para o outro sem saber o que fazer exatamente, mas a voz do Jason ecoou do outro lado:

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