08 | Slow Down

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Now that I have captured your attention, I wanna steal you for a rhythm intervention. Show me how you make a first impression.

POV Alexandra

Terminei de passar o meu gloss e conferi se tudo que eu precisava estava na minha bolsa para poder sair. A festa da Delta Phi tinha começado há exatos trinta minutos, o que eu considerava um atraso elegante — nunca seja a primeira pessoa a chegar em uma festa que você não conhece ninguém.

Tinha colocado uma calça justa preta cintura alta e um body burgundy com um decote em V bem generoso que ia até onde a calça começava. E porque a intenção era parecer que tinha colocado a primeira roupa que eu vi, calcei meu All Star branco de couro. Peguei minha bolsa, coloquei o celular e meus cartões por ali, e desci.

O uber já me esperava na porta. Meu irmão ia ficar em casa com a Lily, e os dois teriam uma noite romântica típica de namorados apaixonados. Justin já tinha saído, só Deus sabe para onde. Cheguei na universidade em alguns minutos, e não demorei para encontrar a fraternidade.

— Boa noite — um menino provavelmente não muito importante na hierarquia da fraternidade, afinal ele estava ali servindo de porteiro, me cumprimentou com um sorriso bem cheio de segundas intenções — Qual a senha, gata?

Eu tive a impressão que ele só me pediu a senha porque regras eram regras. E vocês sabem que essas fraternidades são tipo uma seita, então vai saber qual o castigo para deixar mulheres gatas entrarem sem senha. Ele era bonitinho, mas era peixe muito pequeno para eu me incomodar, só que isso não me impediu de abrir meu melhor sorriso.

Nunca duvide do poder da atração. Durante todo o ensino médio as minhas amigas e algumas pessoas do colégio me respeitaram e admiraram o jeito como eu sempre conseguia me safar de problemas ou convencer as pessoas a fazerem exatamente o que eu queria. Mas o meu segredo era bem simples, e envolvia sempre duas coisas: o medo ou a paixãozinha de alguém.

Aprendi desde cedo que manipular as pessoas, principalmente os homens, era muito fácil. E como autoconfiança era algo que não me faltava — a essa altura vocês já devem ter percebido isso —, flertar era quase tão fácil quanto respirar para mim.

Primum — respondi com o meu sorriso modelo básico.

Eu tinha várias táticas de sedução, flerte, o que vocês preferirem, mas com a maioria dos caras não era preciso nem me esforçar.

— Seja bem vinda à Kapha Delta Phi, gata.

Agradeci e entrei. Gastei uns cinco minutos fazendo uma análise geral do lugar. A festa acontecia em todo o primeiro andar da casa e ia até os fundos, nos jardins. A cozinha estava cheia de garrafas com todos os tipos de bebida e lá fora eu tinha visto um daqueles barris de metal, com cerveja e uma mangueira para as pessoas beberem.

Não demorou muito e Edward me encontrou. Ele estava conversando com uma menina loira alta quando me viu. Abriu um sorriso, pediu licença para ela e veio até mim. Ela me olhou um pouco, mas deu de ombros e saiu andando.

— Você veio — ele falou, me dando um beijo na bochecha, um pouco parecido com o beijo que dei nele depois do nosso tour.

— Não tinha nada melhor para fazer — dei de ombros. Mas ele percebeu que eu estava brincando e sorriu.

— O que você quer beber?

Olhei para o copo dele e vi que tinha cerveja. Não era minha opção favorita, porque cerveja faz a gente inchar e eu não gosto de me esforçar muito para ficar bêbada.

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