07 | The First Day

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POV Alexandra

Eu estava procurando pelo meu passaporte no escritório, porque o meu pai tinha me mandado um e-mail pela manhã me pedindo uma cópia, e estava tão concentrada que só percebi Justin entrando no cômodo quando senti suas mãos me puxando pela cintura.

Ele colou nossos corpos e respirou fundo no meu pescoço, fazendo com que eu me arrepiasse.

— Uhm... — ele murmurou — Eu amo o seu cheiro.

— Justin... — tentei falar.

Mas ele não queria muito papo. Ainda com as mãos em minha cintura, ele me virou de forma que eu o encarasse. Ao ver a forma como ele me olhava, me calei. Seus dedos apertavam a minha cintura como se ele estivesse usando toda a força de vontade do mundo para não rasgar a minha roupa e me foder ali mesmo na mesa do escritório.

O que não seria uma má ideia, diga-se de passagem.

— Você não faz ideia do que as suas provocações fazem comigo, Alexandra.

Eu estava exasperada, praticamente sem ar. Apesar de saber me virar na nossa brincadeira tão bem quanto (ou melhor) do que ele, ainda me surpreendia com o quão excitada ele conseguia me deixar só de falar com a voz rouca ou encostar em mim. Alguma coisa no meu estômago se revirava toda vez que fazíamos contato visual ou físico.

— Precisamos conversar sobre algumas coisas, Justin.

Sim, eu sou estraga prazeres. Mas até mesmo mestres em jogo precisam de regras. E nós dois moramos juntos, então elas são imprescindíveis para que a coisa toda funcione.

— Precisamos — ele concordou com um sorriso provocativo no rosto — Como, por exemplo, sobre o quão gostosa você fica com esse short.

— Esse é um ótimo tópico — devolvi o sorriso — Mas não exatamente o que eu tinha em mente.

— Sobre as coisas que eu quero fazer com você? — ele perguntou com a voz rouca ao pé do meu ouvido.

Aquilo foi o suficiente para que eu adiasse a parte teórica por alguns minutos. Puxei seu rosto para perto do meu e beijei seus lábios com uma força que me surpreendeu.

Como eu imaginava, lá estava aquela química que eu senti no dia da boate. Tive esperança que o álcool fosse o culpado por ela, mas não. Aquele beijo era como uma fonte de energia estática pra mim, e eu sentia os efeitos dele pelo meu corpo inteiro.

— Jus... — eu pedi, quando nos afastamos para respirar.

— Tudo bem — ele tirou as mãos da minha cintura e se encostou à mesa ao meu lado — Diga.

— Apesar disso ser muito divertido, e imagino que você concorde, precisamos de algumas regras.

Ele não respondeu; levantou suas sobrancelhas esperando que eu continuasse o meu argumento.

— Nós moramos juntos, e apesar de sentir que você e eu seguimos uma mesma regra de conduta, não deixa de ser um fator delicado.

— Concordo. Prossiga.

— Eu amo o meu irmão. Imagino que você também, ainda que de uma forma menos obsessiva e interativa. Vocês dois são muito amigos e eu vejo o quanto ele se preocupa com você. Não quero que nada faça com que você se sinta desconfortável ao ponto de se mudar.

— É bastante improvável que algo me deixe desconfortável ao ponto de me mudar daqui, Lex.

— Ótimo. Quanto às regras: ninguém precisa saber disso — apontei para nós dois — E acho que é meio óbvio: sentimentos não podem estar envolvidos, nem podem ser desenvolvidos.

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