17 | ...But Satisfaction Brought it Back

71 3 1
                                    

(o título é uma continuação do título do capítulo 12 "Curiosity killed the cat...", quando Alice e Arthur se conhecerem. A tradução é "A curiosidade matou o gato... mas a satisfação o trouxe de volta")

***

You take all my inhibitions, baby, there's nothing holding me back.

POV Arthur

A Lily nunca foi muito de dar barraco, então eu estou sendo sincero em dizer que não esperava a reação pública e intensa que presenciei. Na verdade, eu esperava que ela começasse a chorar compulsivamente e jogasse na minha cara todas as mágoas guardadas que ela tinha. Esperava uma briga emocional, sim, mas não do jeito que realmente aconteceu.

Ela me xingou de coisas que eu não esperava, e por alguns minutos eu me perguntei se eu de fato conhecia a Lily ou só achava que sim. E então me senti culpado por pensar assim—eu tinha sido um otário com ela, eu merecia que ela tivesse um colapso emocional e reagisse de forma extrema.

No próximo "eu nunca" quando alguém falasse que nunca traiu eu seria obrigado a beber.

O Justin e a Lexy nunca traíram, e eu traí.

Isso coloca as coisas em perspectiva, não é mesmo?

Assim que a Lily terminou de gritar comigo e saiu andando falando que nunca mais queria ver a minha cara novamente, eu corri até a saída da universidade e chamei um Uber. Agora que eu já tinha literalmente cumprido minha pena, ia cometer aquele crime até o final.

Logo vocês já devem imaginar que vinte minutos depois eu estava esperando a Alice abrir a porta do apartamento.

— Arthur? O que vo—

Não deixei ela terminar. Puxei ela para um beijo, colocando minha mão em sua nuca. Alice correspondeu imediatamente, jogando os braços ao redor do meu pescoço e colando nossos corpos. Coloquei as mãos no quadril dela, oferecendo impulso para que ela enroscasse as pernas ao redor da minha cintura. Minha memória fotográfica me garantia uma noção perfeita do layout do apartamento. Eu sabia para onde estava a cozinha, o quarto dela, o sofá...

Levei Alice até a bancada que separava a cozinha e a sala, e a sentei ali. Nós não afastamos por um segundo sequer. Até o beijo parecia diferente agora que eu não precisava mais me sentir culpado por ele; parecia mais selvagem, mais desesperado, mais intenso também.

Era como se nós dois estivéssemos tentando provar quem queria mais o outro. Os dois estavam perdendo, e os dois estavam ganhando.

Desviei meus beijos para o pescoço de Alice, onde eu sabia ser o seu ponto fraco. Ela apertou meus cabelos e soltou um gemido baixo, e eu achei que ia explodir de vontade de foder ela ali mesmo—na bancada da cozinha. Eu nunca tinha sentido isso por ninguém.

Ela me puxou pelos cabelos e me obrigou a olhar para ela.

— Vamos para o quarto — ela ordenou, e eu obedeci.

Ela enroscou as pernas na minha cintura novamente e eu a carreguei até o corredor. Parei por alguns minutos, prensei ela na parede e impulsionei meu corpo contra o dela, fazendo ela gemer novamente no meio do nosso beijo.

Alice tentava puxar minha blusa, mas só conseguiu depois que chegamos no quarto e eu deitei ela na cama, colocando o meu corpo por cima do dela. Eu achei por um segundo que ela ia rasgar minha camisa com as mãos, mas ela saiu intacta pela minha cabeça. Jogamos a peça longe, e logo a blusa dela, minha calça preta e o short de moletom de Alice a acompanharam.

🚧 | My Brother's Best FriendOnde histórias criam vida. Descubra agora