16 | Bad News Travel Fast

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So we went on our way, too in love to think straight. All alone or so it seemed—but there were strangers watching, and whispers turned to talking and talking turned to screams.

POV Arthur

Uma semana tinha se passado desde a conversa com a Lily e a Alice. Eu admito que não estava lidando com a situação muito bem, e minha irmã esteve ocupada com a história de iniciação e não consegui uma oportunidade de pedir conselhos.

O que talvez não seja tão ruim. Acho que a Lexy não reagiria nada bem se descobrisse que eu estou enrolando a Lily e Alice—porque é exatamente isso que eu sinto que estou fazendo.

Talvez a Alice nem tanto. Ela sabe o buraco no qual ela está se enfiando, mas a Lily continua no escuro.

Ela tinha me prometido que íamos passar mais tempo juntos a partir de agora, nem que fosse estar no mesmo lugar fazendo coisas distintas—sendo esse "mesmo lugar" a biblioteca e as "coisas distintas" ela estudar e eu observar enquanto ela estuda.

Mas de novo, passei dias sem notícias dela. Todas as vezes que eu ligava ela estava muito ocupada para conversar direito, e quando a gente se via nos horários livres ou no almoço, ela nunca estava com a cabeça lá.

Era como se ela fosse um corpo vazio ambulante, tipo um robô.

Enquanto isso, Alice sabia se aproveitar da situação. Eu não era inocente o suficiente para acreditar que ela estava mais presente na minha vida por coincidência. Ela sabia que eu e Lily estávamos oficialmente por um fio, e aquela era a hora de tirar vantagem do quanto a Lily não estava conseguindo balancear os estudos e o nosso namoro.

Ela aparece na faculdade com frequência, me manda mensagens o tempo todo e me convida para ir na casa dela dia sim, dia não. E eu nem consigo ficar bravo com ela, porque eu sinto mais vontade de ver ela do que a minha própria namorada.

Todos os momentos que eu passo com ela são instigantes, intelectuais e divertidos. Nada na Alice é blasé, e é impossível se sentir entediado ao lado dela.

Além disso, ela é sensual e sabe muito bem disso. Assim como a minha irmã, ela não tem problema em ir atrás do que quer e flertar descaradamente. Ao contrário da minha irmã, Alice faz isso de uma forma que mistura o intelectual com o sexual—o que me deixa quase sem ar.

É como se eu tivesse encontrado minha kryptonita.

Flashback POV Arthur

Eu estava sentado em um dos milhares de bancos espalhados pela universidade relendo A Revolução dos Bichos quando senti um par de mãos cobrir os meus olhos.

— Surpresa — ela falou baixo no meu ouvido.

Eu nem precisava ouvir a voz dela; só pelo cheiro das mãos dela sob os meus olhos eu já saberia dizer quem era. Eu já tinha gravado na memória o cheiro do perfume Ange ou Démon e do creme de coco e bambu que ela usava nas mãos.

Acho que eu tinha gravado até o cheiro do sabonete dela.

— Alice — falei, sorrindo ao mesmo tempo em que ela retirava as mãos dos meus olhos e se sentava ao meu lado.

— Sozinho?

— Como sempre.

Um sorriso vitorioso e sedutor surgiu em seus lábios. Um sorriso que eu já conhecia muito bem, e gostava bastante.

— Quer tomar um café?

— O que você acha? — respondi já me levantando.

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