tempestade

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Em todos os seus péssimos dezenove anos de vida, Harry nunca correu tanto. Nem mesmo quando ele participou de uma maratona na escola e estava decidido a não passar vergonha chegando entre os últimos lugares.

Sua boca está seca e todos os seus músculos estão doloridos, a mochila em seus costas está batendo com força nele, as casas são um borrão, mas ele não para. Harry sabe que deveria parar agora, entrar em algum lugar e se abrigar, torcendo para que o teto não caia sobre sua cabeça. O céu está escuro e os ventos muito fortes, Harry cambaleia e por pouco não torce o tornozelo.

Falta duas horas para a excursão de resgate deixe a cidade vizinha. Harry está quase nos limites da cidade, mas se ele parar, não chegará a tempo. Nada disso estaria acontecendo se ele não tivesse dormido demais, o plano era sair ainda de madrugada e caminhar até a próxima cidade.

Na verdade, nada disso estaria acontecendo se um furacão não estivesse chegando, e se seus pais não tivessem deixado Harry para trás, tudo porque ele finalmente teve coragem de dizer a eles que é gay. No final das contas, a culpa é de Harry. O furacão continua sendo uma força da natureza, o que aconteceu depois, é culpa dele.

E ele está tão distraído correndo como um louco e pensando em sua família, que quase não escuta o garoto gritando com ele do outro lado da rua. Harry para de repente e parece que seus músculos vão virar pó. Harry não está entendo nada que o garoto está dizendo, mas ele é bonito, então Harry decide se aproximar, ele pode compensar o tempo correndo mais rápido.

— Oi? — Diz Harry, aproximando com passos vacilantes.

— Entrar! — Grita o garoto, seu cabelo castanho voando em todas as direções — Você deveria entrar!

Harry finalmente entende, coloca a mão em seus boné e o segura para que o vento não o leve. — Estou bem! Um grupo de resgate vai me pegar às oito, obrigado!

O garoto franze o cenho e termina de subir as escadas do buraco no chão onde ele estava. Ele é alguns centímetros mais baixo que Harry, mas parece muito mais intimidante com seus olhos azuis e expressão séria.

— Se você pretende correr até st. Cloud, e chegar lá antes das oito — diz ele aproximando-se de Harry — você deve ser o Flash ou algo do tipo.

Harry demora para responder, porque o garoto é muito lindo e está tirando toda a sua concentração. Tem a porra de um furacão se aproximando e tudo que Harry consegue fazer é olhar para o desconhecido.

— Tenho duas horas para chegar lá — responde Harry ajeitando o boné novamente, será que o garoto acha bonés atraentes? Mas que merda, porque Harry está pensando nisso agora? Não é hora e nem lugar.

Harry olha para a casa a sua direita, provavelmente é a casa do garoto. Está toda fechada e tem três andares, provavelmente o terceiro é um porão, é enorme, mas parece humilde apesar de tudo.

— Cara, falta vinte minutos para às oito, você não vai ter nem tempo de sair da cidade antes dos ventos jogarem um carro em cima de você — diz ele e Harry entra em pânico, vinte minutos? — Esse bunker é seguro, e eu estou sozinho, tem espaço de sobra — continua ele ao ver que Harry não se moveu.

E eles provavelmente ficariam por horas ali discutindo se uma placa não voasse em direção a eles. Se falta apenas 20 minutos, falta menos de uma hora para o furacão chegar, o que significa que é extremamente perigoso ficar fora de abrigo, principalmente porque uma tempestade enorme deve estar a uma esquina deles e nessas condições podem ser tão fatais quanto o furacão propriamente dito.

De qualquer maneira, antes que Harry possa tomar uma decisão, o garoto segura sua mão e o puxa em direção as escadas. Harry está assustado demais para fazer qualquer coisa que não seja seguir ele em direção a escuridão abaixo das escadas.

Harry é puxado até o terceiro degrau antes do garoto voltar e fechar com força uma porta de metal, separando eles da tempestade.Comece a escrever sua história

🌪

oii, obrigada por ler! Espero que tenha gostado. Essa fanfic eu dedico pra tds as pessoas maravilhosas que leram esse capítulo semanas atrás: xará, clara, adri, ingrid, renata, mel, tamis (coloquei sem ordem específica e se eu esqueci alguém me perdoa, é que eu mandei pra muito gente skjdsjjs — mas eu amo você).

até o próximo,

xoxo, anna.

me, you, the bunker and the stormOnde histórias criam vida. Descubra agora