— Harry, você acredita em Deus?
— Não, você?
— Eu não sei, quer dizer, não Nele especificamente, mas em alguma coisa.
Eles ficam em silêncio.
— Obrigado por me beijar, eu deveria ter pensado que isso ajudaria.
— De nada, só não tenha outro ataque de pânico.
— Você tem certeza que não quer me beijar de novo?
Harry cora, ele sente seu rosto ficar quente e seus lábios curvarem-se para cima e considera dizer a Louis que aquilo não foi um beijo.
— Estou brincando, Haz — a voz dele flutua pela escuridão e Harry sabe que Louis disse aquilo apenas para aliviar a tensão.
A tempestade continua. Assim como Harry na cama de Louis, com seus braços sobre a cabeça de Olhos Azuis e o outro caído para fora da cama. Minuto por minuto, Louis está chegando mais perto do peito de Harry, e ele está se pergunto se Louis e ele acordarão abraçados.
Harry estava acordado fazia algum tempo e não saberia dizer se ele e Louis haviam dormido abraçados por horas ou minutos — era difícil saber uma vez que Harry não tinha um relógio e seu celular estava descarregado desde a madrugada antes de conhecer Louis, o sinal havia caído e não havia alguém para Harry empenhar-se em achar sinal para conversar —.
Louis havia acabado de sair da cama e Harry acordou com o barulho de seus pés no chão. Como ele saiu do canto da cama e não acordou Harry, era um mistério.
Harry aproveitou que estava acordado para ir se arrastando ao banheiro, o qual era basicamente um corredor com pia, vaso e chuveiro um ao lado do outro. Quando voltou, Louis já estava lá, espremido contra a parede, deixando muito espaço ao seu lado, Harry entendeu isso como um sinal e deitou-se ao lado dele novamente.
— A tempestade ainda não passou — disse ele só depois de Harry se deitar —, fui olhar agora, daqui não da para ouvir, mas subindo as escadas da estrada, sim.
Harry apenas balançou a cabeça em resposta e eles ficaram em silêncio até Louis perguntar se ele acredita em Deus.
— Por que você não acredita? — Pergunta Louis distraindo Harry de pensar nos dois juntos na mesma cama.
Ele pensa sobre a resposta, não há uma razão específica, são uma série de coisas, aos longos dos anos, que deixaram Harry cético, e ele considera por um bom tempo se deve ou não dizer a Louis.
— Eu sempre gostei muito de mitologia, então eu me questionava porque os deuses não existiam e Deus sim, é claro que alguns depois eu entendi que mitos e religião não tem nada a ver — Harry sente o olhar de Louis sob ele e encolhe os ombros —, também comecei a estudar filosofia e a pensar, de repente, tudo que a Bíblia dizia era muito absurdo.
— Tipo a história de arca de Noé, pesquisadores analisaram o solo do planeta inteiro e em nenhum continente havia evidências de um dilúvio — interrompe Louis e Harry sorri.
— É, exatamente — concorda ele —, depois que eu li como o cristianismo se espalhou pela Grécia eu fiquei injuriado, mas não queria não acreditar, mas também, odeio como a Igreja trata... algumas pessoas — Harry hesita, ele ia dizer "gay" ao invés de "algumas pessoas", mas ainda é estranho dizer aquilo em voz alta, além do mais, ele estaria sendo egoísta incluindo apenas a si mesmo.
— Uma vez alguém me disse — continua Harry — que não adianta rezar sem ter fé, nesse ponto eu ainda rezava e "acreditava" — diz ele fazendo aspas com a mão direta —, percebi que fazia exatamente isso, então eu simplesmente... parei.
— Achei que você contaria uma história sobre como alguém da sua família morreu de câncer mesmo você pedindo muito a Deus que curasse ela — diz Louis depois de alguns minutos após Harry parar de falar —, mas eu gostei muito mais dessa versão.
— Obrigado — murmura Harry —, você é a primeira pessoa que eu conto isso — confessa ele baixinho —, mas e quanto ao seu "alguma coisa"? — Continua ele antes que Louis possa dizer algo sobre sua confissão.
Ele ri. — Definitivamente acredito que exista alguma força superior, não sei se é Deus e não importa, eu ainda rezo a ele. Às vezes vejo algumas coisas no hospital e é difícil não acreditar em milagres.
Hospital?
— O que você diz no lugar de "ai meu deus" e coisas do gênero? — Pergunta Louis antes de Harry perguntar o que ele faz no hospital.
Em resposta Harry ri e Louis ri e não é tão engraçado, mas naquele momento, com apenas os dois numa cidade vazia e destruída, é a coisa mais engraçada do mundo.
— Eu falo Forças do Universo.
— Legal.
Silêncio.
— Hey, Louis, eu acredito em carma, parece que não sou tão cético não é mesmo? — O garoto ao seu lado ri baixinho.
— Eu também — diz ele e ambos ficam em silêncio por alguns segundos antes dele murmurar: — não aguento mais ficar deitado.
— Nem eu — responde Harry, surpreendendo-se ao perceber que disse a verdade, mesmo que seja muito bom ter Louis tão perto.
Harry desce da cama e espera por Louis no escuro, enquanto este sai da cama e acende a lanterna.
— Vem, vamos dar uma olhada no seu pé e depois comer alguma coisa — diz Louis acendendo as luzes enquanto Harry olha para o chão, parte pelo clarão repentino e parte por seu pensando.
Você pode me comer se quiser.
🌪
gente do céu desculpa, eu realmente tentei acabar ontem, mas eu tava viajando e n tive tempo e n quis fazer esse capítulo de qualquer jeito, vou postar outro amanhã pra compensar (o nome provavelmente será olhos azuis rs)
dedico esse ao meu nene de mesmo nome aka larrietears e um salve pra todas as meninas maravilhosas que conversam cmg no wpp.
(✨se vc quiser ser minha miguxa de zap avisa q passo meu número ✨)
boa sorte quem vai fazer enem!!!
perdoa a demora e n desiste de mim, eu amo vcs
xoxo, anna.
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me, you, the bunker and the storm
Novela JuvenilHarry Styles está fugindo de um furacão. A cidade foi evacuada e ele deixado para trás. Sua única chance é - literalmente - correr até a cidade vizinha. O plano dá errado e tudo estaria acabado para Harry se não fosse pelo garoto desconhecido que o...