bunker

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No lado esquerdo há mais monitore do que Harry pode contar, uma mesa pequena abaixo deles e uma cadeira de rodinhas. Quase não há espaço entre a parede e a mesa. Do lado direito há uma "cozinha", possui um armário fechado e uma prateleira coberta de alimentos não parecíeis, uma mesa com duas cadeiras, uma pia minúscula e o que deve ser um fogão de campistas. Harry nunca fora acampar, então não tem certeza.

Entre os computadores e a cozinha, tem um espaço em formato de retangular, nem ao menos possuindo um portal. Alguns metros depois, uma porta de metal chama sua atenção dele.

— Você pode colocar suas coisas ali atrás — informa Louis apontando para a parede ao seu lado —, têm duas beliches, então você pode escolher em cima ou embaixo.

— Bem que poderia ser apenas uma cama de casal – murmura Harry olhando para o chão e cutucando-o com a ponta do tênis.

— O que você disse?

— Nada.

— Você disse sim, algo sobre cama de casal — insiste Louis, por que ele não pode deixar isso pra lá? Simplesmente esquecer. Harry deseja que os ventos do furacão o levem dali.

— Ah, não é nada — disse fazendo um gesto com a mão, como se aquilo não significasse nada, enquanto muda a mochila de ombro —, é que eu não gosto muito de beliches, em cima tenho medo de cair, e embaixo bato a cabeça.

Louis gargalha alto e Harry olha em direção ao corredor escuro, perguntando-se se conseguiria abrir a porta pelo qual passara para chegar até ali sem ajuda.

— Acontece nas melhores famílias — brinca Louis.

— Olha, eu não quis soar mal-agradecido, durmo em qualquer lugar, sério. Muito obrigado por me deixar ficar aqui. — Diz, em parte porque é preciso e em parte porque quer mudar de assunto.

Você salvou a minha vida. Completa mentalmente.

— Ok, pode parar de me agradecer, não fiz mais do que a minha obrigação. E você pode dormir onde quiser, desde que não seja no chão, mesmo com um colchão, é muito gelado, você pode ficar doente.

E Harry teria sorrido e agradecido mais uma vez se não fosse a piscadela de Louis depois que disse "você pode dormir onde quiser".

— Vou ligar os computadores, informar as autoridades que estamos aqui. Fique à vontade. — Continua Louis puxando a cadeira de rodinhas.

Ainda desconcertado e assentindo sem olhar para Louis, Harry cruza o local onde supostamente deveria haver uma porta. O outro cômodo é enorme para apenas duas pessoas, mas seria minúsculo se uma quantidade considerável de pessoas estivessem abrigadas ali, como é pressuposto em bunkers.

Há duas beliches, uma parcialmente arrumada a esquerda, com os lençóis da cama de baixo amassados em cima do colchão e o travesseiro quase caindo no chão, Harry escolhe a parte debaixo da beliche a direita, a qual encontra-se totalmente arrumada. Tem uma cômoda entre as duas beliches e um armário de madeira em frente a cama bagunçada de Louis. Em frente a de Harry, há a porta de metal que chamara sua atenção, ao lado dela, do outro lado do cômodo, há uma estante com cobertores e uma mesa bem no centro, amontoada de cadernos, livros e todo tipo de material escolar.

No fundo direito do "quarto", tem outra parede separando cômodos, essa, no entanto, possui uma porta entreaberta, para separar os ambientes, provavelmente é o banheiro, pelo menos é o que Harry espera.

— Vejo que escolheu a parte debaixo — diz Louis as costas de Harry, assustando-o — esses computadores demoram décadas para ligarem. — Continua ele indo até sua cama bagunçada e jogando-se nela.

— Entre as duas opções eu prefiro ficar embaixo — responde Harry jogando sua mochila de qualquer jeito na cama de cima e deitando-se igual a Louis na parte  debaixo de sua beliche.

Louis gargalha por uns bons minutos e Harry apenas olha para ele, confuso.

— Ai, Harry, você me mata — responde ele ainda rindo e levantando da cama. — Vou lá tentar falar com alguém, você vêm? — Ele levanta e olha para Louis — parado em frente sua cama — e estreita os olhos.

— Não entendi a graça — murmura ele olhando para os olhos azuis e se perdendo neles, sendo trazido de volta quando Louis responde.

— Desculpa, é que eu levo tudo para o duplo sentido — disse ele afastando-se em direção a pseudoporta. — Mas entre as duas opções, eu prefiro ficar em cima — diz ele antes de sair do cômodo.

E Harry demora um longo tempo para segui-lo.

🌪

oii, nenes!!! era pra esse cap ter saído ontem, mas como eu escrevi 90% dele a mão, não deu tempo de digitar tudo. To pensando em colocar dia fixo pra att, quais vcs preferem? (Não prometo nd sobre duas atts na semana, mas quem sabe?)

se vc achou esse capítulo meio zzzz vote e digite 1 pra outra att mais tarde 💗. esse eu dedico pra adri, minha filhinha💓

xoxo, anna

me, you, the bunker and the stormOnde histórias criam vida. Descubra agora