joseph

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Não há variedade de alimentos no bunker, não que Harry esteja reclamando, ele sempre quis saber como seria sua alimentação em caso de um apocalipse zumbi e, com sorte, essa experiência será o mais próximo que chegará de mortos-vivos.

— O que é isso? — Pergunta Harry apontando para um pote de vidro escuro, olhando por cima do ombro de Louis para conseguir ver o armário, o qual  está repleto de enlatados, frutas secas, comida de bebê e leite em pó

— Mel — responde ele pegando um pote de pasta de amendoim e um saco de pão.

— Por que trazer mel para um bunker? — Pergunta Harry franzindo as sobrancelhas e afastando-se quando percebe que Louis já pegou tudo que precisa.

— Meu avô diz que é importante, mas eu não conheço "as propriedades do mel", palavras dele, então não sei como te responder.

Harry não responde, apenas manca de volta a sua cadeira e espera Louis colocar a comida na mesa.

— Vamos comer isso antes que estrague, eu trouxe pra cá já tem uns dias — diz Louis sentando-se na outra cadeira e abrindo o pote.

— Você ficava aqui antes do furacão? — Pergunta Harry pegando o saco de pão de forma.

— Nos verões, ajudando meu avô com algumas reformas e quando quero ficar sozinho — diz ele pegando um pedaço de pão e passando o doce pastoso —, é bom estudar aqui.

— Isso explica a mesa cheia de coisas — diz Harry sorrindo agradecido quando Louis lhe passa um pedaço carregado de pasta de amendoim.

— Yeah — diz Louis rindo —, eu moro nos dormitórios da uni, quando soube do furacão peguei minhas coisas correndo e vim pra cá. Minha mãe não ficou muito feliz, mas eu não poderia perder a oportunidade de ficar no bunker em uma situação de perigo.

— Seu avô construiu esse lugar? — Pergunta Harry antes de enfiar um pedaço enorme de pão na boca. Louis o reprova com o olhar — estou com fome — justifica-se.

— Oh, certo, a história — diz Louis deixando seu pão pela metade e começando a fazer outro —, meu avô, Joseph, nasceu no final dos anos trinta, na Inglaterra — ele termina de preparar o lanche e o entrega a Harry —, ele se lembra da última vez que viu meu bisavô, era verão e ele era militar. Joseph era muito novo para entender a guerra, segundo ele — diz Louis com olhos e sorriso tristes —, mas quando ele veio para os Estados Unidos estudar, decidiu que criaria um abrigo aqui também.

Louis faz uma pausa e Harry mastiga seu lanche calmamente, não querendo que os sons dele devorando a comida atrapalhem a história.

— Foi o que salvou ele e o resto da família, durante a guerra, o pai dele morreu, mas se houvesse algo que ele pudesse fazer para salvar os outros, já estaria ótimo.

— Isso é louvável — murmura Harry amaldiçoando-se por usar uma palavra ridícula como "louvável".

— Sim, tenho muito orgulho dele — diz Louis levantando-se e pegando um copo — quer água? — Harry assente — quando meu avô comprou esse terreno, não havia nada, mas ele via futuro aqui, e gostava de olhar o mar.

— Não havia percebido que sua casa é de frente ao mar — diz Harry observando Louis pegar um galão enorme de água e encher dois copos.

— Você está correndo tão desesperadamente que me impressiona ter reparado em mim.

Harry revira os olhos, como se fosse possível não notar Louis Tomlinson.

— Continuando — diz Louis voltando a se sentar e entregando o copo de água a Harry —, meu avô construiu a casa primeiro, quando estava noivo e ele e minha avó só se casaram depois que ficou pronta. Depois, ele começou a construir o bunker, basicamente sozinho, minha avó ajudou até ficar grávida. Era uma gravidez de risco, ela já tinha sofrido aborto espontâneo antes. Por isso minha mãe é filha única e ela também o ajudou, antes de ir para a Inglaterra, estudar"

— Engraçado os dois terem saído de seus países para estudar — comenta Harry.

— Bom, eu nasci na Inglaterra e vim criança para os EUA, faço faculdade aqui, seguindo essa lógica, meus filhos irão estudar na Europa.

Harry faz uma careta, seus filhos não estudarão do outro lado do continente, mas ele pode discutir isso com Louis em alguns anos e... que merda Harry está pensando?

— De qualquer forma — continua Louis —, construir o bunker é coisa de família.

— E como esse lugar funciona?

— Tem um sistema de ventilação e de reaproveitamento de água, com uma caixa d'água de mil litros, e usando apenas o suficiente, seis pessoas conseguem ficar aqui por um mês. Como só há eu e você — Louis inclina a cabeça como se estivesse fazendo cálculos extremamente difíceis —, podemos nos dar ao luxo de tomar banho.

Harry olha para ele indignado. — Está me dizendo que sou fedido? — Louis ri e nega com a cabeça.

— Você é cheiroso.

Forças do Universo, ele vai morrer, Harry sabe que vai morrer.

— Mesmo depois de ter corrido tanto? — Pergunta Harry sorrindo sugestivamente, espera... ele está flertando com Louis? Que um raio cai em sua cabeça para evitar essa catástrofe.

Louis encolhe os ombros e termina de beber sua água. — Seu desodorante deve ser bom — diz ele finalmente, devolvendo o sorriso.

🌪
oii, td bem cm vcs? Em primeiro lugar eu gostaria de agradecer a cada um que leu, votou, comentou e adc a fanfic em lista de leituras, hoje mytbats completa um mês e eu não tenho palavras pra descrever como estou feliz vendo o número de views, 5K É MUITA COISA SOCORRO

esse capítulo não está muito legal, mas espero que tenham gostado, ele é importante então...

meu twitter é @evolvelarry, se vcs quiserem conversar cmg ou ver a thread dos melhores comentários

volto ainda essa semana,
xoxo, anna.

me, you, the bunker and the stormOnde histórias criam vida. Descubra agora