Capítulo 24

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Assim que entramos na sala, nos sentamos com os nossos pares de dança, todos os professores estão exigindo isso, ele dizem que é pra gente se conhecer e fazer uma boa dança.

A festa do aniversário do colégio é a mais esperada do ano todo, ouvi falar que é uma luxuosa festa e quase todos os pais dos alunos vem prestigiar.

A aula passa rápido, eu e Augusto não trocamos nenhuma palavra durante a aula toda. Era desconfortável ter que ficar ao lado dele, não consigo nem imaginar como vai ser nossa dança.

- Não sei se você viu, mas o Augusto ficou o tempo todo na cantina te olhando, acho que foi por causa do que ele ouviu - Bia ri.

- Você não deveria ter feito aquilo - jogo meu travesseiro nela.

- Eu só queria que ele soubesse que você está muito bem sem ele.

- Mas ele não precisa saber o que eu vou fazer hoje de noite.

- Ele nem sabe que é hoje, só sabe que vai acontecer.

- Só tente controlar mais sua língua, agora vamos almoçar.


***

As horas vão se passando e eu vou ficando cada vez mais nervosa, já estava se aproximando do horário combinado e minhas mãos começam a suar.

- Tenta ficar calma, não é nenhum bicho de sete cabeças - Bia me aconcelha.

- Estou tentando.

- Só relaxa e confie em Alex, ele não vai te machucar.

- Como foi a sua primeira vez?

Ela sorri, parecia envergonhada.

- Eu ainda não tive - Bia responde.

- Sério? Eu pensei que você já tinha feito.

- Ainda não, mas já estou preparada pra quando chegar a hora.

- Acho melhor eu ir - digo percebendo que já deu o horário.

- Se divirtam - ela diz e eu saio.

Caminho até o quarto de Alex e antes de bater ma porta me certifico de que não tem ninguém por ali.

- Pode entrar, eles já foram - ele diz com largo sorriso.

- Tem certeza que é seguro?

- Sim, eu escondi a chave de Vítor e Augusto perdeu a dele - ele tranca a porta.

- Estou um pouco nervosa - abro um sorriso tímido.

- Não precisa, eu gostaria de te receber com flores e velas, mas aqui não dá, prometo que no fim de semana faço algo bem legal pra você.

- Não tem problema, eu estou aqui por você e não por nada dessas coisas.

Ele sorri e me beija. Com cuidado ele me deita em sua cama e continua a me beijar.

Ele retira meu vestido, me deixando apenas de calcinha e sutiã.

- Seu corpo é tão lindo - ele volta a me beijar.

Logo eu tiro sua roupa lhe deixando apenas de cueca. O beijo fica mais intenso e Alex desce beijando minha barriga.
Eu estava gostando das sensações que estava sentindo.

De repente ouço a porta se abrir e de lá surge Augusto, ele me encara e fecha a cara, fico totalmente sem reação só encarando ele de volta, ele pega algo em sua cama e sai batendo a porta com força.

- Eu preciso ir - digo me levantando e me vestindo.

- Vai ir atrás dele? - Alex pergunta bravo.

- Claro que não, eu só não vou ficar aqui, Augusto pode voltar e tentar fazer algo pra me prejudicar.

- Eu vou com você então.

- Não, eu quro ficar sozinha, depois vejo você.

Saio do quarto e nem sei pra onde ir, eu só queria ficar sozinha.

Passo pela quadra de esporte e ouço vários grito de garotos, deve ser ali que estão jogando bola. Entro na quadra e não tinha ninguém assistindo, me sento bem no canto da arquibancada, não queria ser vista, apesar de ser quase impossível, já que só eu estava ali, observo por um tempo Augusto jogar, ele estava sem camisa e tinha um corpo lindo, poderia ficar ali pra sempre olhando ele, mas seus olhascse cruzam com os meus e eu abaixo a cabeça. Apoio minha cabeça em meus joelhos e fecho os olhos sem pensar em mais nada.

- Arlete - acordo assustada com a voz de Augusto.

Olho pra ele sem entender o que estava acontecendo.

- Preciso fechar a quadra, fiquei responsável por apagar as luzes e trancar aqui.

Olho ao meu redor e percebo que estamos sozinhos e tudo está escuro, exceto onde eu estava.

- Você precisa ir pro seu quarto, já está tarde e eu quero e preciso trancar aqui.

- Eu não quero ir, pode me trancar aqui.

- Eu não posso fazer isso - ele diz bem calmo.

- Por favor, me deixe aqui sozinha, eu não me importo.

- O que ele fez pra você? - ele se senta ao meu lado.

- Nada, eu só não quero sair daqui.

- Foi porque eu apareci?

- Talvez - olho pra ele, ele parecia triste.

- Eu não queria atrapalhar, mas fico feliz que não aconteceu nada entre vocês.

- Ainda não aconteceu - dou ênfase no ainda.

Ele sorri sem humor algum.

- Por que está aqui comigo? - pegunto.

- Porque eu gosto de você, pode não parecer, mas me sinto bem ao seu lado, mesmo quando não conversamos.

- Pensei que você estava bravo comigo.

- Eu só finjo que estou bravo nas frente das pessoas.

- Por que faz isso? Acha legal humilhar as pessoas como você faz?

- Eu achava, mas depois que te conheci tudo mudou.

Encaro ele e não digo mais nada. Ele se aproxima e quando está preste a me beijar, eu me levanto.

- Acho melhor eu ir - digo e vou em direção a saída, e ele me acompanha.

- Você disse que não queria sair daqui - ele segura meu braço.

- Eu não queria mesmo, mas não vou ficar aqui e cair nas suas armadilhas.

Tento continuar andando, mas em um ato rápido ele me joga contra a parede e me beija, no começo tento recuar, mas depois me entrego e beijo ele, me entrego totalmente aquele beijo, o beijo que fazias todos os outros ficar sem graça.

Era pra ser Você [Concluída]Onde histórias criam vida. Descubra agora