17- Planos nunca dão certo

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Meu pai abriu a porta e lá estava o meu acompanhante. Ele estava radiante. Sei que não deveria pensar nisso, mas ele estava lindo.

Jake olhou para ele,ele estava com sua cara fechada.

–Cadê o Quil?

–Calma ai cachorro.

Jake rangiu seus dentes e eu segurei o seu braço.

Ele mostrou em suas mãos um pequeno papel enroladinho e jogou para o alto para que Jake pegasse.

–Bom menino. -Ele disse-Este é o endereço de onde ele está, assim que sairmos você pode ir até lá buscar seu animalzinho.

– Como teremos certeza que ele está nesse endereço?- Claire perguntou apreensiva.

-Klaus sempre cumpre como que diz.

Me virei para ela e sorri.

-Deve ser de família então, obrigada Lina. - Assenti.

–Sem mais delongas, você está pronta, Quil logo volta pra casa. Acho que podemos ir!

Ele levantou suas mãos para que eu pudesse pega-lá. Seus olhos foram direto ao meu pescoço onde estava o colar, ele franziu o cenho.

Me virei para Jacob e ele me veio até a mim me abraçando forte.

–Jake...ar, preciso de ar.- Ele me soltou e me deu um rápido beijo.

–Na ponte.- Ele mexeu seus lábios sem sair som.

Eu queria poder contar á ele que eu não estarei lá, mas me contive.

–Já se despediram, agora vamos.

Assenti e ignorei as mãos deles. Quando eu ia passar pela porta, ele pegou nas minhas mãos com forças que eu não pude me soltar. Olhei pra ele pra dizer pra me soltar, mas nossos olhos se fixaram por um momento, foi apenas interrompido quando papai falou comigo.

–Lina.- Meu pai me chamou e eu olhei.

–Eu te amo.

–Eu também te amo pai.

Acenei pra todos na sala. Parecia um momento de despedida, o que realmente era pra eles, menos pra mim.

–Srta Mikaelson. - Ele se virou para meu Pai - Sr Gerard, até mais.

–Você é um idiota. - Resmungei, ele me olhou e deu gargalhadas– Que bom que eu divirto você.

- Essa noite vai ser sensacional. Aliás, me desculpe. Não fomos devidamente apresentados.

-Dispenso apresentações.

-Eu não.

Ele disse levantando minhas mãos até chegar em sua boca e plantou um beijo carinhoso nelas.

-Eu sou Stefan Salvatore, prazer em conhecê-la Nicolina.

Naquela forma mais cavalheira possível, nunca tirando seus olhos dos meus, me fazendo até ignorar que me chamou pelo meu nome inteiro. Ele podia ser irritante, mas seus olhos cor de avelã com uma mistura de verde com azul que me prendiam.

–Stefan Salvatore. Queira me perdoar- Soltei minha mão das dele-Mas isso não é um prazer.

–Talvez só pra você, pra mim é um grande prazer. - Ele abriu aquele sorriso cínico.

Ele abriu a porta da limousine e eu deslizei entrando nela logo depois ele entrou.

–Niklaus já está me esperando lá?- Ele riu - O que é agora?

–Nada, é que é estranho você chamar ele assim, só ouvi Elijah chamando ele desse jeito.

–Elijah está morto mesmo?

–Quase isso, ele foi empalado. Você é muito curiosa.

–Eu só estou querendo saber da minha família, você como o lacaio do meu pai deveria responder a todas elas.

–Eu sou um amigo do seu pai e você não pode me dar ordens.

–Que seja, só acho que você deveria ir por um outro caminho, esse é muito longo.-Ele me olhou desconfiado.

–Primeiro fica curiosa com sua família e agora que chegar rápido.

–Só estou dizendo pra fazer outro caminho, pela ponte é muito demorado.

–O seu colar.

–O que tem ele? - Disse gaguejando um pouco, será que ele descobriu?

–Como você conseguiu ele?

–Ganhei esse colar do meu Tio Elijah quando tinha 04 anos, achei que seria interessante para o "Klaus" .

Stefan se virou e ficou olhando para o vidro do carro pensativo.

–Tio Elijah...- Ele falou baixinho, pegando o seu celular e começou a digitar nele.

Nem eu sei porque chamei ele de tio, se eu não aceito Klaus como meu pai, eu não aceito ninguém da sua família.

De repente o carro parou na metade do caminho, Stefan abriu a porta e saiu da limousine.

Ele abriu a minha porta e ergueu suas mãos para as minhas.

– Eu decido quando mudar o trajeto.- Segurei as mãos deles saindo da limousine.

-O que está fazendo? Aqui não é o baile. - Havíamos parado no meio da rua.

–Oi Lina.- Aquela voz.

Me virei e vi quem eu não gostaria de ver naquele momento.

–Não pode ser.-

Leah estava parada na minha frente.

–Eu disse que você iria se ver comigo.

–O que você tá fazendo?

–O trato é você não chegar nem perto do baile. Não seja idiota, eu sou do bando, sei de todo o plano da ponte. Klaus quer você bem longe daqui, e eu quero o mesmo. Unindo o útil ao agradável, você fica longe e todos ficam felizes.

Ela disse com a cara mais lavada possível.

–Leah, sua idiota! Você traiu a sua família, o seu bando.

Stefan colocou suas mãos no bolso para atender o seu telefone, ele fez um sinal de 1 minuto com as mãos.

–Aquelas pessoas não são minha família, pelo menos não depois da sua chegada, quando eles se esqueceram que eu existo por sua culpa! E você roubou o cara que eu amo.

–E agora você acha que depois que ele descobrir tudo isso, ele vai correr para os seus braços?

–Agora não é o momento meninas. - Stefan disse quando desligou o celular. - Lina troque de roupa com Leah, agora.

O que ele queria com isso? Stefan pegou a mascaras de minhas mãos e entregou a Leah, ela olhou para meu colar.

– Eu quero ele também.

–Não!- Respondi colocando as mãos sobre ele.

Stefan ficou me olhando tentando entender.

–Tem razão, se você aparecer sem o colar, eles vão desconfiar na hora, e não daria tempo da Lina sair daqui.

–Não vou a lugar nenhum!- Stefan respirou fundo e desviou o seu olhar para trás de mim.

Um Sedan preto estava chegando próximo e diminuindo a velocidade até que parou. Os motores desligaram e a porta se abriu.

Em velocidade, ele parou bem na minha frente fazendo meu coração se acelerar.

–Klaus...- Disse quase num sussurro.

A Filha de KlausOnde histórias criam vida. Descubra agora