40-Criando um vínculo

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Fazia poucos dias que estávamos na casa nova, ela era uma mistura de modernidade com antiguidades e era incrivelmente linda. Nada tinha mudado radicalmente, ainda tinha minhas aulas com Seth.

Bonnie tem me ensinado mais feitiços e eu estou aprendendo me controlar, aos poucos ela me entrega mais da minha magia, apesar de aparentar não ser do agrado dela, mas Elijah a obriga. As vezes sinto que ele não confia nela.

Os jantares não precisavam mais ser de gala e eu não precisava me arrumar, afinal não tinha tanta gente assim por aqui, era apenas nós. Mas eu era obrigada a me juntar a eles todos os dias ou Caroline me mataria.

Stefan continuava a me ensinar alguns truques de luta no jardim dos fundos que era enorme e tinha espaço suficiente para me deixar cansada de tanto correr. Era bem divertido estar com ele, estávamos criando uma relação de amizade. Eu e Car também, ela era bem animada e tudo tinha que estar da forma mais perfeita ou ela pirava. Eu não testava muito empolgada com essa festa, algo me dizia que não era pra mim e sim pra ela mesma. Ah! Sim, ela decidiu fazer uma festa de boas vindas pra mim, nada no mundo a fez mudar de ideia, nem mesmo meu pai, digo, Klaus.

Estou me alimentando só de bolsas de sangue, confesso que sinto um pequeno vazio em mim e sei que é porque não bebo sangue direto da veia. Eu não quero, mas a vontade é grande, confesso.

Com tantas tarefas eu ainda não tive tempo de sair dessa casa pra conhecer a cidade, queria muito saber onde eu estou morando.

Klaus não trocou muitas palavras comigo esses dias, ele parecia estar chateado com alguma coisa, eu não procurei saber o porquê. Seth acha que era pelo o que eu disse no jantar do complexo e pelo modo de como eu vinha o tratando, ele acha que eu deveria dar uma chance a ele.

Engraçado um lobo Quileute dizer isso já que odiava Klaus Mikaelson.

—Você devia falar com ele, faz dias que ele fica dentro daquele quarto— Seth disse.

—E você quer que eu diga o que? "Oi Papai, eu vim aqui te fazer uma visita porque tenho saudade de você e fui mal criada, desculpe"— Disse irônica com uma vozinha de bebê.

—Nunca mais faça isso por favor!— Ele não parava de rir — Ah lobinha, eu sei que no fundo você se sente mal, mesmo que não queira admitir — Ele deu um estalo no meu nariz.— Mas que deveria ir até lá, deveria.

Talvez ele estivesse certo e eu devesse ir até lá falar com ele.

—Ok. Eu vou!— Ele franziu a testa não acreditando até que eu saísse do quarto e deixasse ele lá sozinho.

O quarto ao qual Seth se referia, não era o dele e de Caroline. Era outro que ele passava a maioria de seu tempo lá trancado. Dessa vez a porta não estava trancada, estava meio aberta.

Fiquei parada na frente por uns minutos e não tive coragem de bater. Ouvi Caroline gritando o nome dele, me assustei e sai correndo me escondendo. Eu ouvi os passos dele forte e ele bufando, parece que ele não queria ser perturbado, nem mesmo pela Caroline. Klaus saiu do quarto sem perceber que eu estava ali, eu sai do meu esconderijo e vi que ele deixou a porta aberta.

—Lina não faz isso...—Disse pra mim mesma.

Eu não me escutei como sempre e entrei devagar, tinha muitas telas de pinturas espalhada pela parede próximas ao chão em fileiras. Algumas ainda em branco e outras com desenhos incríveis, alguns deles era o que estava no meu antigo quarto. Passei olhando cada um dele, tinha alguns quadros obscuros que davam medo, mas outros era enigmáticos e encantadores o que me chamou a atenção foi que nessa fileira todos tinha a imagem de uma bebê, que a cada quadro, o bebê estava crescendo.

A Filha de KlausOnde histórias criam vida. Descubra agora