22- O acordo

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Por Lina

Acordei em um quarto e tive lembranças de ter estado aqui algum dia, só não me recordo quando. Abri meus olhos bem devagar e o sol estava batendo no meu rosto, estava fazendo um dia maravilhoso.

Uma mulher entrou e deixou uma bandeja em uma pequena mesinha, tinha um cheiro magnifico deduzi que fosse meu meu café da manhã, inalei um gosto muito bom e me levantei um pouquinho ficando sentada. Estava vestindo um pijama de seda, nunca havia vestido algo tão confortável assim.

Ela abriu as cortinas e não me lembro do meu pai ter contratado empregadas, na verdade não me lembro de termos mudado para outra casa.

Senti uma pequena pontada em minha cabeça.

—Ai! - Passei minhas mãos na minha nuca e passou um flash na minha cabeça de tudo o que houve comigo. A cada lembrança eu sentia uma pontada muito forte.
A mulher me olhou com um cara de preocupação, ela mostrava que queria me ajudar, mas hesitou e saiu do quarto rápido com sua cabeça baixa.

Queria que ela me ajudasse, pois doía só de lembrar de tudo o que houve.

—Bom dia. -Ouvi uma voz masculina.

Olhei para a porta olhando no fundo dos olhos dele, era o Stefan.

—Seu monstro. O que você fez comigo! O que você fez com Jake! E Seth! -Gritei pra ele saindo da cama.–AH! - Gritei no meio do caminho com a dor.

Senti novamente aquela dor na minha cabeça, que eu não conseguia ficar em pé, cheguei até a ponta da cama, mas não me sentei nela. A dor me consumia por dentro, me sentei no chão agonizando de dor.

—Você disse que a memória dela não voltaria. -Stefan disse irritado para alguém.

—E não era pra voltar Stef, eu não sei o que aconteceu!- Uma voz feminina respondeu.

—Para com isso! -Gritei olhando para a mulher que estava fazendo sentir aquela dor.

—Me desculpe Lina, mas é pro seu bem.- Ela me respondeu mas ainda sim continuando a me machucar.

Ainda senti as fortes dores e isso estava me deixando com muita raiva.

—Para com isso ou eu juro que vou matar você e o Stefan!- Cerrei os dentes e ela não parou.

Levantei minhas mãos e sem tocar na garota e ela foi arrastada pra parede com força pra longe de mim. Me assustei com a forma e a velocidade que ela tinha sido empurrada...eu fiz aquilo?

Stefan veio pra me segurar, mas eu o olhei com tanta raiva que ele agonizou de dor.

—Lina, não faz isso!

Ouvi um grito de dor distante mas não pude reconhecer. A raiva era um novo sentimento que eu estava conhecendo. Minha dor já tinha sumido mas a minha raiva só aumentava. As paredes começaram a tremer e os gritos ficavam mais fortes. Stefan estava com suas mãos na cabeça em seus olhos saiam sangue e mal podia se mover.

Com essa brecha eu decidir correr. Corri em direção a qualquer lugar que me levasse a uma porta pra sair daquele lugar. Queria ir embora dali, mas ouvi gritos, gritos muito altos! Eram vozes graves, de algum homem. Algum homem sofrendo. Desci uma grande escada quase tropeçando e vi algumas portas.

Fui tentando abri cada uma delas, mas estavam todas trancadas, continuei andando pelos corredores, a casa era enorme e eu estava me tremendo toda, estava entrando em pânico.

Ouvi mais fortes os gritos que vinha de um quarto no qual eu fui tentar abri-lo mais sem sucesso.

Uma fúria tomou conta de mim, levantei minhas mãos e a porta se quebrou, assim que ela se abriu vi o tal homem agachado gritando. Ele estava agonizando de dor. Tive uma grande surpresa quando seu rosto encontrou o meu.

A Filha de KlausOnde histórias criam vida. Descubra agora