Capítulo 17.

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Como dizer para o pai do seu filho que está grávida? Deveria ter um manual para cada caso. O título de Anahí seria:" Como contar ao homem que foi seu amante está grávida". Seria mais fácil para todos, porque neste momento não sabia mesmo como entrar no assunto.

Ele estava sendo muito amigável, estranhamente amigável. Falou sobre temas banais, nada pessoais, após dizer-lhe que se preocupam com a sua saúde, importava-se muito, desde que eu sentou-se na mesa, se comportava como fosse um simples amigo. Quando trouxeram o prato, ela se afastou, um pouco.

- O que aconteceu? Você não está com fome? Você está se sentindo mal?

- Não, Alfonso. - Tomou ar. - Nós temos que falar sobre...

- Já sei.. - A interrompeu. - Sei que você acha que te convidei para lhe seduzir novamente ou algo assim, Anahí. Mas não... eu... bem, não vou fazê-lo, se é por isso que você está tensa e desconfortável comigo, não se preocupe. Entendo você, não pretendo que saíamos de novo, realmente. Todavia se você precisar de um amigo, bem... Estou aqui.

"Não vou fazê-lo" e "Não pretendo que saíamos de novo" foi quase a única coisa registradas de suas palavras. Respirou fundo e baixo a cabeça. Ela tinha estragado tudo. Disse-lhe que era melhor para os dois terminar, mesmo aborrecido, aceitou. Agora parecia até contente com essa decisão. Há algumas semanas pensou que não poderia lidar com o que estava sentindo por esse homem e o seu trabalho, mas agora não tinha esse homem e nem o seu trabalho, e era ainda pior ficar sem ele.

Agora esse mesmo homem a trazas aqui e disse que não iria tentar nada com ela.

Forçou um sorriso e assentiu, tentando esconder tristeza que realmente a invadia e inconscientemente passou a mão sobre seu bebê, recentemente era o que sempre fazia quando sentia-se triste, a conectava com o seu filho e lembrou-a que não estava sozinha.

Alfonso estava tentando fazer isso direito, era melhor tentar serem amigos, embora as intenções fossem um pouco diferentes. Quem sabe? Talvez com o passar dos dias, ela se dê conta que não pode viver sem ele. Devia seguir o seu papel de "Não quero nada além de sua amizade", mas o que mais queria no momento era levantar da mesa, aperta ela contra si e beija-la intensamente, na frente todos. Reprimiu o desejo...

Sempre tinha que conseguir falar com ela por outros meios, mas pelo menos estava dando certo. Com o seu precisamos para conversar, já esperava que ela iria lhe por em seu lugar de novo, de modo que estupidamente o fez sozinho, pelo menos, havia se imposto como um amigo, já era algo.

Era tão idiota...

Teria que ir com calma, desta vez teria mais paciência. Não poderia perder-la novamente. Era insuportável estar sem ela. Estava especialmente bonita neste dia, teve de fazer um esforço exorbitante para não esticar sua mão sobre a mesa e entrelaçar com a dela. Nunca em seus trinta e três anos de vida tinha sentido como um adolescente, em relação á sentimentos, nem quando era um. Teve muitas mulheres que deixariam tudo por ele, mas ele não deixaria por elas. Gostava de Paulina, mas foi um tipo de amor platônica. Por ela deixou uma coisa: a sua adolescência. Todos os problemas foram diminuídos e se focou em prepare-se para ser o melhor pai que podia.

- E... Bem. Como vai a academia?

Quando Anahí abriu a boca para dizer-lhe que sairia de lá, uma voz estridente a fez se calar novamente.

- Poncho! Que surpresa!

Uma mulher que parecia ter cerca de 25 anos. Usava um vestido vermelho, extremamente apertado, que quase parecia uma segunda pele e saltos escandalosamente alta para o horário e lugar. Seus cabelos pretos que ia até os quadris, tão lisos e brilhantes que Anahí sentiu um pouco de inveja. Usava muita maquiagem, mas o que mais destacou-se em seu rosto foi seus olhos castanhos claros e semelhantes aos de um gato. Era bonita, não podia negar.

A Professora De Dança - AyAOnde histórias criam vida. Descubra agora