Epílogo

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Anahí olhava as meninas dançarem em seu último ensaio antes da apresentação do dia seguinte, Ana Paula as liderava. As meninas seguiam seus passos e ela se movia com muita segurança e profissionalismo ao ritmo de Where are ü now. Sentiu um nó na garganta e quis chorar, exatamente como uma mãe orgulhosa. Sua pequena estava cada vez melhor, havia melhorado bastante nesse último ano, desde que tinha aberto sua pequena academia de dança com a ajuda do seu marido.

Seu marido... Gostava de com soava.

A música acabou e logo depois do último movimento as meninas aplaudiram soltando gritinhos emocionados.

- Isso foi incrível meninas! Amanhã vocês vão arrasar. - As animou enquanto as garotas lhe abraçavam agradecidas e recolhiam suas coisas.

- Boa tarde, garotas, senhora Herrera.

Alfonso entrou pela porta dupla com Daniel em seu colo, seu filho de um ano e meio.

- Boa tarde, senhor Herrera. Chegou na hora certa, acabamos de terminar. - Sorriu com malicia enquanto se aproximava para pegar seu filho, que ergueu os bracinhos saltitando no colo do pai ansioso para ir para mãe. 

- Quis dizer que cheguei atrasado, sabe que sempre chegou um pouco antes.

- Sim, por algo em específico? - Flertou com ele.

- Eu diria por alguém. Gosto de ver você dando aula. - Se aproximou e puxou-a pela cintura para beija-la. - O que acha de aceitar ir comigo á um café na Broadway?

- Hum... Não acho que a academia veja muito bem isso, digo, você é o pai da minha aluna. - Piscou com inocência fazendo ampliar seu sorriso. Alfonso se aproximou de seu ouvido e sussurrou.

- Não tem porquê a academia saber.

Anahí mordeu a bochecha para não rir. Amava esse homem, e ele cada dia a fazia mais feliz.

- E sua esposa, não se incomodaria?

- Acho que ela adoraria, estava pensando em comprar sorvete de baunilha com pedaços de hershey's que...

- Vamos em cinco minutos. - Lhe beijou o interrompendo, e o entregou Dan para que pudesse se trocar.

Esse sorvete se havia tornado em sua fraqueza, e ele sabia.

30 minutos depois entravam os quatro entrando na cafeteria, as crianças desfrutavam entusiasmadas o sorvete, como Anahí. Alfonso a fitava sorrindo, vendo ela comer o sorvete, como o provava era tão sexy quando  fechava os olhos fazia "hummm". Amava com loucura essa mulher, adorava ver seu rosto de felicidade com um simples detalhe como aquele, estava fascinado com ela, se apaixonava cada dia mais, se é que isso é possível. Olhou seus filhos: Ana dava sorvete a seu irmão, que ria feliz e seus olhos brilhavam, lembrava os de Anahí.

- Isso é como chegar no céu. - Exclamou Anahí apontando a tigela quase vazia. Alfonso sorriu malicioso e sussurrou no seu ouvido.

- Conheço melhores formas de chegar a ele.

Anahí corou, arregalando os olhos e Alfonso riu. Amava muito essa mulher e não podia deixar de demostrar. Se aproximou mais dela e depositou um terno beijo em seus lábios.

- Papai, mamãe, vocês ficam lindos assim derramando mel, mas não façam isso na frente de Dan, ele ainda não tem idade.

Os dois se viraram, mirando-os, e viram Ana Paula cobrindo os olhos do irmão com a mão e o pequeno tentava tirar sua mão irritado.

Anahí sorriu ante a ternura de seus filhos. Ana havia começado a chama-la de mãe meses depois que anunciaram o casamento e, se no começo era estranho, agora um sentimento enorme lhe embriagava cada vez que a chamava assim. Haviam se tornado inseparáveis, amava a Ana como se tivesse a concebido.

De novo o nó na garganta e a vontade de chorar, produto da sensibilidade, já era a terceira vez aquele dia. Malditos hormônios! Via Alfonso a explicar que um simples beijo não tinha nada demais para o bebê, que era uma demostração de carinho e outra coisa que não ouviu porque fugiu em seus pensamentos.

Só havia passado um ano e meio, como ele receberia a noticia?

- Amor?

- Sim?

- Peço outro? - Apontou para a tigela vazia, como uma sorriso brincalhão no rosto, que fez corar, todavia quis brincar.

- Está insinuando que eu sou gorda? - Respondeu semicerrando os olhos se fazendo de ofendida.

- Não! Não disse isso! Você não é, amor, mas...

- Mas quer que eu fique gorda! - Exclamou Anahí com uma falsa indignação, mordendo a bochecha para não rir da sua cara de preocupação.

- Papai! Isso não se diz a uma mulher! - Soltou Ana Paula fazendo um complô, piscando para Anahi quando seu pai não viu.

- Escuta, não. Nunca disse isso eu... Anahi!

Anahi não conseguiu segurar, soltou uma gargalhada, era divino quando ele ficava nervoso, se aproximou e o beijou fazendo-o sorrir. Esses eram os momentos que se sentia segura de tudo, tinha uma bela família. Tudo sairia bem.

- Okay, tem razão. Mas não quero mais sorvete, desejo comida. Muita comida.

- Vê? - Se voltou para a filha e apontou para a esposa. - É ela.

- Bom, entenda, ela deve comer por dois. - Deu de ombros.

- Eu sei, mas é que... - Parou de falar enquanto processava as palavras de sua filha. - Por dois?

Olhou Ana Paula que sorria satisfeita enquanto comia se sorvete, logo a Anahí que mordia o lábio e se remexia na cadeira, estava nervosa.

- Por dois? - Repetiu.

- Hum... é, sim. - Sorriu tímida tocando seu ventre que não havia mudado, já que só tinha 7 semanas. A cara de Alfonso mudou de confundido a surpreendido em questão de segundos.

- Você está...

- Gravida!

- Caramba! - Exclamou em choque, mas suavizou a expressão ao ver que Anahí baixara a cabeça. - O..outro bebê?

- Desculpa.., algo saiu mal com os comprimidos.., acho que quando fiquei doente... desculpa... sei que é muito cedo, mas.. - Se desculpou ao ver sua reação. Ficou doente uma semana por gastrite e tomando medicamentos que devem ter anulado o anticoncepcional.

- Anahí.. - Levantou seu rosto a fazendo olha-lo. - Amor, calma. Não esperava por isso, não tão cedo, mas por isso não estou menos feliz com essa notícia maravilhosa. - Beijou a ponta do seu nariz. - Seria feliz ainda que fizessimos uma equipe de futebol inteira. - Beijou seus lábios. - Obrigado, querida, por tudo. Eu te amo tanto!

Anahí esboçou um sorriso entre lágrimas que já caim por seu rosto e Alfonso as secou com ternura.

- Também te amo, meu amor. Obrigada por ser um excelente pai.

- O que me irritado é que não suspeitei. - Fez uma careta que arrancou uma gargalhada de sua mulher. 

Wow! Viria outra bebê, outra pequena criaturinha que se apaixonariam que nem loucos. Viriam mais noites em claro e de muitas xícaras de café para eles que acabavam de sair dessa fase com Dan mas... suspirou, abraçou sua mulher e seus dois filhos que haviam ido até eles.. por eles deixaria a vida se fosse necessário.

E junto a Anahí, que era uma grande mãe, amiga e esposa.. tudo era uma maravilha.

Faziam uma boa equipe.

Fim.

A Professora De Dança - AyAOnde histórias criam vida. Descubra agora