Capítulo 13

83 30 3
                                    

Pego rapidamente nas chaves e abro a porta de casa, vim a correr até aqui depois do Dylan me ter dito aquilo.

Eu sei que o que Dylan dissera pode ser totalmente verdade.

Porém pode não estar a acontecer aquilo que ele disse, espero bem que não...

Deixo as chaves em cima da mesa de entrada.

Decido ir para o andar de cima, para o meu quarto, descansar um pouco as minhas pernas que tanto correram para chegarem aqui antes da Skylar e do Dylan.

Chego ao quarto e a persiana do meu quarto está fechada, mas eu tinha a deixado aberta. Eu tenho a certeza. Tento esquecer isso para não começar a pensar coisas e dar comigo em louca.

Deito-me na cama e ponho o meu telemóvel a carregar, pois estava sem bateria.

Olho para o teto. E parece que ouço passos lá fora.

Deve ser só a minha imaginação.

Ouço pessoas a falar.

Levanto-me logo. E vou para o andar de baixo. Será a minha mente a querer-me enganar ou serão mesmo pessoas lá fora? Que secalhar raptaram os meus pais e que me querem matar.

Estou a ficar louca. Tenho medo que estejam mesmo pessoas lá fora que querem me raptar, mas acho que ficar nesta casa só me está a por paranóica. Preciso sair daqui.

Vou rápido ao andar de cima ao meu quarto buscar as chaves que tenho a certeza ter deixado dentro da minha mala.

Procuro mas não as encontro.

Será que foi Vicent que entrou aqui agora e me tirou-as?

Não, eu é que estou a ficar paranóica. Lembro-me, -agora, que de manhã deixei, realmente, a persiana fechada. E que ainda agora mesmo, deixei as chaves em cima da mesa de entrada...

Pego um casaco do armário pois está a começar a ficar frio.

Agarro as chaves e olho pela pequena janela da entrada. Era a Skylar e o Dylan.

Como é que eu não pensei isto antes?! É claro que eram eles que estavam a falar. Eles vieram ter comigo provavelmente para se desculparem.

Eu nem estou assim tão chateada com Dylan, eu sei que ele não disse aquilo por mal. Mas na altura o medo, daquilo que ele dissera, tomou conta de mim.

Eles batem à porta uma, duas, três vezes. Não param de bater e por alguma razão desconhecida não abro. Não me apetece. Quero estar longe e sozinha desta casa.

Mas é claro que não vou demorar muito. Não quero que eles fiquem preocupados. É só o suficiente para eu me acalmar um pouco.

Vou pela porta das traseiras e saio rápido. Obviamente não vou pela frente da casa, nem pela estrada principal, porque estão lá eles, vou antes para a floresta. Eles não vão para lá.

Apenas sai pelo portão das traseiras, reparei numa figura masculina sentada no chão em baixo de uma árvore.

Ele olhou para mim. Era o Logan. E estava com os olhos vermelhos.

O Logan estava a chorar?

Confia em mimOnde histórias criam vida. Descubra agora