— Edna Morthy, foi um prazer tê-la como paciente, mas agora tenho de ir. — Novamente outro abraço foi dado. O doutor começou a caminhar pelo longo corredor do hospital, mas Edna chamou por ele e o doutor interrompeu o passo.
— Vou vê-lo novamente? — Ao ouvir isso os olhos do doutor, aquela figura exótica, velhinho de cabelos e terno branco, se umideceram.
— Você sempre vê e sempre verá, meu pequeno anjo, lembra? Eu estou em todo lugar. — Dito isso, Edna vou a se sentar e o doutor voltou a caminhar. Ela se distraiu por um minuto, procurou pela figura do doutor pelo corredor, mas ele havia sumido, feito mágica! — Estou em todo lugar, lembra? Estou em todas as coisas boas do mundo, na luz que vem do sol quente, ou da luz tímida que vem do luar. — A voz do doutor vinha nítida na mente de Edna. — Estou presente no sorriso que é dado, naquele abraçado apertado, estou até na lágrima que é chorada, na tristeza presente, mas calada no fundo do peito, estou sempre lá. Estou na rua, nas noites frias, estou no calor de um lar de amor, estou nas esquinas juntos aos esquecidos. Estou sempre ao teu lado, querida amiga. Qualquer coisa, me escreva uma carta, você sabe meu endereço, recomendo que escreva com pena, pois agora pena não te faltas! — O doutor terminou de dizer aquilo e deu aquela bela e contagiante gargalhada.
Edna ouviu aquilo e gargalhou sozinha ali no corredor, infinitas possibilidades haviam sido lançadas, agora... no caminho de Edna.
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A Morthy no Divã.
Ficción GeneralEdna Morthy é uma funcionária, uma trabalhadora, como outra qualquer. Todo dia ela levanta cedo e segue sua rotina: bate o ponto, toma um gole de café com seus colegas de profissão e pega a lista, a lista com nomes de seus clientes para o dia, clien...